ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Xicrinhas de café exerciam enorme fascínio sobre Ivette da Silva Pupo Galeazzi. A professora ficava tão encantada com as porcelanas que até coleção chegou a fazer, conta seu único filho, o advogado aposentado José Eduardo.
Tinha tantas peças que, se um dia recebesse em casa a visita de todos os 17 vereadores de São José do Rio Preto, onde vivia no interior de SP, conseguiria servir dois cafezinhos para cada um sem repetir a xícara -e ainda sobrariam algumas de reserva.
Nascida em Ribeirão Preto, Ivette cresceu na paulista Potirendaba, município com hoje 15.128 habitantes e "de onde saiu a jogadora de basquete Hortência", lembra o filho.
Na cidade, a 432 km da capital, a professora chegou a ser eleita miss. Casou-se em 1941 com Danilo Galeazzi, um economista que foi prefeito de lá. Aí, mudou-se para São José do Rio Preto, onde deu aulas por cerca de 45 anos.
Era séria e calma como professora. Mesmo em casa, tinha o costume de corrigir quem falasse de forma errada.
Há quase 32 anos, perdeu o marido -que foi também secretário de Finanças por dois mandatos e hoje dá nome a uma avenida em Rio Preto.
Religiosa, deu curso para gestantes numa paróquia.
Recentemente, vivia numa casa de repouso. Foi enfraquecendo com o tempo, diz o filho. Morreu no domingo, aos 94, de insuficiência respiratória. Deixa filho, três netos e um bisneto. A missa de sétimo dia será no sábado, às 19h30, na igreja Santa Luzia, em São José do Rio Preto.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Governo de SP dará bônus a servidor da Saúde
Índice