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Circuito que evita sobrecarga é ponto crítico
DA REPORTAGEM LOCAL
O circuito de proteção das
baterias dos celulares pode ser
o principal vilão na história das
explosões que vêm ocorrendo
nos últimos meses. Seja por má
utilização dos consumidores
ou por defeito de fabricação, os
especialistas afirmam que o dano causado a esse circuito é a
principal explicação técnica
para os acidentes.
O circuito de proteção é um
mecanismo repleto de sensores
que detectam se há algo errado
com o aparelho. Esses sensores
são capazes de identificar, por
exemplo, se a bateria já foi carregada e, assim, barrar a entrada de mais energia, evitando a
sobrecarga e possível explosão.
"Se acontece algum problema, o circuito entra em ação e
evita um acidente. Quando ele
está com defeito, o risco de detonação aumenta muito", explica Maria de Fátima Negreli
Campos Rosolem, pesquisadora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).
Praticamente todas as baterias usadas no Brasil são formadas por duas placas de lítio:
uma positiva e outra negativa.
Entre as duas há um separador
que evita que elas se encostem e
entrem em curto-circuito e,
ainda, um solvente orgânico
que serve para conduzir os íons
que formam as reações.
Tudo fica enrolado como se
fosse um rocambole achatado,
dentro de uma capa a base de
alumínio. Fora dessa capa está
localizado o circuito de proteção. "A umidade ou uma queda brusca, por exemplo, podem acabar alterando esse circuito", afirma Rosolem.
"Mas uma explosão também
pode ser causada por algum
problema no separador ou no
solvente." Ao explodir, diz a
pesquisadora, a bateria pega
fogo porque o lítio é bastante
inflamável.
(DT)
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