São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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Circuito que evita sobrecarga é ponto crítico

DA REPORTAGEM LOCAL

O circuito de proteção das baterias dos celulares pode ser o principal vilão na história das explosões que vêm ocorrendo nos últimos meses. Seja por má utilização dos consumidores ou por defeito de fabricação, os especialistas afirmam que o dano causado a esse circuito é a principal explicação técnica para os acidentes.
O circuito de proteção é um mecanismo repleto de sensores que detectam se há algo errado com o aparelho. Esses sensores são capazes de identificar, por exemplo, se a bateria já foi carregada e, assim, barrar a entrada de mais energia, evitando a sobrecarga e possível explosão.
"Se acontece algum problema, o circuito entra em ação e evita um acidente. Quando ele está com defeito, o risco de detonação aumenta muito", explica Maria de Fátima Negreli Campos Rosolem, pesquisadora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).
Praticamente todas as baterias usadas no Brasil são formadas por duas placas de lítio: uma positiva e outra negativa. Entre as duas há um separador que evita que elas se encostem e entrem em curto-circuito e, ainda, um solvente orgânico que serve para conduzir os íons que formam as reações.
Tudo fica enrolado como se fosse um rocambole achatado, dentro de uma capa a base de alumínio. Fora dessa capa está localizado o circuito de proteção. "A umidade ou uma queda brusca, por exemplo, podem acabar alterando esse circuito", afirma Rosolem.
"Mas uma explosão também pode ser causada por algum problema no separador ou no solvente." Ao explodir, diz a pesquisadora, a bateria pega fogo porque o lítio é bastante inflamável. (DT)


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