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Temporário deve ser emergencial, diz especialista
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o presidente da Associação Nacional dos Especialistas
em Políticas Públicas e Gestão
Governamental, Ricardo Vidal
de Abreu, os contratos temporários devem ser utilizados só
em casos emergenciais. "Se for
para tapar um buraco."
Se esse tipo de contrato for
usado como instrumento de reposição da força de trabalho em
detrimento do concurso público, Abreu disse considerar um
prejuízo à qualidade do serviço
oferecido à população. "Nunca
a capacitação é adequada."
Abreu falou sem ter acesso ao
projeto. As informações foram
repassadas pela reportagem.
Sobre o projeto da gestão José Serra (PSDB), ele disse considerar um ano de contrato
muito pouco tempo, em especial no caso de professores.
"No governo federal já achamos quatro anos pouco. Contratar professor por um ano
não faz muito sentido. Quando
a pessoa tem todo o treinamento, toda vivência, vai embora.
Precisa de experiência principalmente quando envolve
atendimento ao público", disse.
"O melhor é a contratação por
meio de concursos."
Para o governo de São Paulo,
o principal objetivo do pacote
de projetos é justamente substituir as contratações temporárias por concursados. "O objetivo nosso é o produto final que
nós estamos entregando ao cidadão, que paga seus impostos.
No caso da educação. Nós estamos entregando uma educação
de qualidade? Média. Nós precisamos melhorar isso. Nós verificamos que um dos gargalos
é o excesso de professores temporários", afirmou o secretário
Sidney Beraldo (Gestão). "Eu
sou um defensor do servidor."
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