São Paulo, quinta-feira, 07 de maio de 2009

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EDSON TURA (1933-2009)

No juvenil, foi Palmeiras; de coração, corintiano

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Edson Tura era contador, conversador e louco pelo Corinthians. O ingresso para a final do Paulista, no domingo, já estava comprado, após mobilização da família.
Seu sonho era ter sido jogador de futebol. Por um tempo, até jogou no juvenil do Palmeiras. A família inteira, formada de descendentes de italianos, era Verdão. Edson não; tornou-se corintiano.
Mas se era tão fanático por seu time, por que aceitou jogar no clube rival? "Porque o Palmeiras era mais perto da casa dele", diz o filho Fábio.
Natural de Itajubá (MG), filho de um sapateiro e de uma costureira, veio a São Paulo criança. Formou-se contador, trabalhou numa autopeças e se aposentou cedo, com apenas 48 anos. "Ele começou a trabalhar muito cedo."
Diz o filho que Edson era tão "falador" que, além de adorar ir ao banco, recusava a fila preferencial para idosos só para aproveitar a espera e conversar com as pessoas. Era tão querido na família, que foi padrinho de casamento mais de 20 vezes.
Faltando dois dias para a final que tanto esperava, Edson -que costumava ir aos jogos sempre com a neta de 17 anos- morreu aos 75, após sofrer um infarto na madrugada de sexta, enquanto assistia a uma partida pela TV.
Em sua homenagem, toda a família decidiu ir ao estádio ver o Corinthians se tornar campeão paulista. Deixa viúva, três filhos e quatro netos. Em julho, faria bodas de ouro.
A missa de sétimo dia será hoje, às 19h30, na paróquia Santa Terezinha, em SP.

obituario@grupofolha.com.br


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