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EDSON TURA (1933-2009)
No juvenil, foi Palmeiras; de coração, corintiano
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Edson Tura era contador,
conversador e louco pelo Corinthians. O ingresso para a final do Paulista, no domingo,
já estava comprado, após mobilização da família.
Seu sonho era ter sido jogador de futebol. Por um tempo,
até jogou no juvenil do Palmeiras. A família inteira, formada de descendentes de italianos, era Verdão. Edson
não; tornou-se corintiano.
Mas se era tão fanático por
seu time, por que aceitou jogar no clube rival? "Porque o
Palmeiras era mais perto da
casa dele", diz o filho Fábio.
Natural de Itajubá (MG), filho de um sapateiro e de uma
costureira, veio a São Paulo
criança. Formou-se contador,
trabalhou numa autopeças e
se aposentou cedo, com apenas 48 anos. "Ele começou a
trabalhar muito cedo."
Diz o filho que Edson era
tão "falador" que, além de
adorar ir ao banco, recusava a
fila preferencial para idosos
só para aproveitar a espera e
conversar com as pessoas.
Era tão querido na família,
que foi padrinho de casamento mais de 20 vezes.
Faltando dois dias para a final que tanto esperava, Edson
-que costumava ir aos jogos
sempre com a neta de 17
anos- morreu aos 75, após
sofrer um infarto na madrugada de sexta, enquanto assistia a uma partida pela TV.
Em sua homenagem, toda a
família decidiu ir ao estádio
ver o Corinthians se tornar
campeão paulista. Deixa viúva, três filhos e quatro netos.
Em julho, faria bodas de ouro.
A missa de sétimo dia será
hoje, às 19h30, na paróquia
Santa Terezinha, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
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