DA REPORTAGEM LOCAL

Após expandir os negócios no Brasil e na América Latina e assumir serviços de lixo em São Paulo, a Sabesp está prestes a entrar no setor de energia, com a aquisição da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia).
A incorporação da Emae -controlada pelo governo paulista- pela Sabesp está prestes a ocorrer, segundo o jornal "Valor Econômico".
Nem a Sabesp nem a secretária de Energia e Saneamento do Estado, Dilma Pena, confirmaram o fechamento do negócio -no valor de R$ 600 milhões.
O governador José Serra (PSDB) disse ontem que é apenas "uma coisa que está sendo analisada." Serra poderia fazer caixa para investir no Estado, que detém 39,94% do total de ações da Emae. A outra majoritária, a Eletrobras, tem 39,02%.
Em maio de 2008, Emae e Sabesp informaram à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), o "xerife do mercado de ações", que haviam começado a negociar a possível fusão ou venda da energética.
A Emae é dona de seis hidrelétricas, que têm capacidade para gerar 1.012,4 MW, energia suficiente para abastecer cerca 2,7 milhões de pessoas. Também detém as represas Billings e Guarapiranga, que fornecem água para cerca de 6 milhões de pessoas na região da Grande São Paulo.
Hoje, a Sabesp nada paga para retirar essa água.
Com a compra, a Sabesp, além de controlar as duas represas, iria gerar ao menos quase metade da energia que consome em seus sistemas de água e esgoto.


Texto Anterior: Grevista da USP quer parar centro de saúde
Próximo Texto: Rio: Polícia encontra 250 kg de maconha em creche
Índice