São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2010

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França diz ter localização possível das caixas-pretas

Seguem as buscas pelos aparelhos do voo AF 447, num raio de 1.500 km2

Ter determinado a possível localização não garante que as caixas-pretas, que já deixaram de emitir sinais, sejam encontradas

DA REPORTAGEM LOCAL

A França anunciou ontem que as caixas-pretas do Airbus-A320 da Air France que caiu em 1º de junho de 2009 no oceano Atlântico, matando 228 pessoas, estão em uma zona do "tamanho de Paris". O voo AF 447 fazia o percurso Rio-Paris.
Especialistas da Marinha francesa determinaram a área com incerteza de três milhas náuticas, ou cinco quilômetros, segundo o general Christian Baptiste, porta-voz adjunto do ministério francês da Defesa.
"Isto não significa que vamos encontrar as caixas-pretas, porque elas já não emitem sinal e porque a zona em que se encontram é muito acidentada." A área tem 1.500 km2.
Na fase anterior de buscas, as equipes vasculharam uma região de 17 mil km2.
Os técnicos da Marinha reanalisaram gravações submarinas que haviam sido feitas em 2009, durante a primeira fase de buscas, que começou três semanas após a catástrofe.
As gravações, feitas pelos potentes sonares do submarino nuclear francês Émeraude, puderam agora ser mais bem exploradas com a ajuda de um programa de computador mais sofisticado, não disponível à época. Com isso, foi possível identificar esta semana que os sons gravados em 2009 são os emitidos pelas caixas-pretas.
Segundo Baptiste, "será preciso encontrar objetos do tamanho de uma caixa de sapatos, com um relevo submarino que corresponde à cordilheira dos Andes". Dois navios, que utilizam submarinos em miniatura, vasculham a área.
O general afirma ainda que a localização de uma área mais precisa poderá permitir encontrar outros destroços do avião, que poderão ser utilizados nas investigações das causas do acidente. "Se tivermos muita sorte, talvez as caixas-pretas estejam presas em algum pedaço da aeronave", diz o porta-voz da Marinha.
Até o momento, os investigadores acreditam que os sensores de velocidade do avião falharam, mas que isso não teria causado o acidente.


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