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França diz ter localização possível das caixas-pretas
Seguem as buscas pelos aparelhos do voo AF 447, num raio de 1.500 km2
Ter determinado a possível localização não garante que as caixas-pretas, que já deixaram de emitir sinais, sejam encontradas
DA REPORTAGEM LOCAL
A França anunciou ontem
que as caixas-pretas do Airbus-A320 da Air France que caiu
em 1º de junho de 2009 no
oceano Atlântico, matando 228
pessoas, estão em uma zona do
"tamanho de Paris". O voo AF
447 fazia o percurso Rio-Paris.
Especialistas da Marinha
francesa determinaram a área
com incerteza de três milhas
náuticas, ou cinco quilômetros,
segundo o general Christian
Baptiste, porta-voz adjunto do
ministério francês da Defesa.
"Isto não significa que vamos
encontrar as caixas-pretas,
porque elas já não emitem sinal
e porque a zona em que se encontram é muito acidentada."
A área tem 1.500 km2.
Na fase anterior de buscas, as
equipes vasculharam uma região de 17 mil km2.
Os técnicos da Marinha reanalisaram gravações submarinas que haviam sido feitas em
2009, durante a primeira fase
de buscas, que começou três
semanas após a catástrofe.
As gravações, feitas pelos potentes sonares do submarino
nuclear francês Émeraude, puderam agora ser mais bem exploradas com a ajuda de um
programa de computador mais
sofisticado, não disponível à
época. Com isso, foi possível
identificar esta semana que os
sons gravados em 2009 são os
emitidos pelas caixas-pretas.
Segundo Baptiste, "será preciso encontrar objetos do tamanho de uma caixa de sapatos, com um relevo submarino
que corresponde à cordilheira
dos Andes". Dois navios, que
utilizam submarinos em miniatura, vasculham a área.
O general afirma ainda que a
localização de uma área mais
precisa poderá permitir encontrar outros destroços do avião,
que poderão ser utilizados nas
investigações das causas do
acidente. "Se tivermos muita
sorte, talvez as caixas-pretas
estejam presas em algum pedaço da aeronave", diz o porta-voz da Marinha.
Até o momento, os investigadores acreditam que os sensores de velocidade do avião falharam, mas que isso não teria causado o acidente.
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