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RELIGIÃO
CNBB cria comissão para evitar casos de pedofilia na igreja
LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma comissão da CNBB
(Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil) vai definir
orientações para evitar novos casos de pedofilia que envolvam membros da Igreja
Católica, como alguns episódios tornados públicos recentemente no Brasil.
De acordo com o arcebispo
de Sorocaba (SP), dom
Eduardo Benes, essa comissão também poderá propor
medidas para prevenir a ordenação de pedófilos. "Não é
o padre que vira pedófilo, é o
pedófilo que vira padre."
Para o arcebispo, a pedofilia faz parte da "estrutura da
personalidade da pessoa".
A comissão, integrada por
um grupo de bispos e outros
religiosos, foi formada exclusivamente para discutir a
questão da pedofilia e deverá
apresentar novas medidas
até a próxima semana, quando termina a 48ª Assembleia
Geral da CNBB.
A assembleia, que vai até o
próximo dia 13, reúne mais
de 300 bispos e outros religiosos em Brasília. A pedofilia virou tema de debate dentro da instituição no momento em que a Igreja Católica passa por uma crise.
Acusações
Denúncias envolvendo
membros da igreja e acusações de acobertamento de
casos de pedofilia têm surgido tanto no Brasil quanto em
outros países. Religiosos foram acusados recentemente
de terem cometido o crime
em São Paulo e Alagoas.
Dom Benes lembrou que
há hoje, pelo Código de Direito Canônico (principal
documento legislativo da
igreja), a previsão de punição
para religiosos que comentem crimes como a pedofilia.
Ele disse ainda que a Igreja
Católica é mais "cobrada" em
relação aos casos de pedofilia
porque se trata de uma instituição importante, que é seguida por milhões de fiéis.
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