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Compradores de carteiras iam de presos a advogados
DA REPORTAGEM LOCAL
A Operação Carta Branca encontrou entre os compradores
de CNHs (carteira nacional de
habilitação) da quadrilha de
Ferraz de Vasconcelos (Grande
São Paulo) um preso, uma bacharel em direito que queria tirar o documento para virar delegada da Polícia Civil e até um
advogado que iria para os Estados Unidos e precisava apresentar sua carteira.
De acordo com o promotor
Marcelo Alexandre de Oliveira,
a quadrilha também vendia
CNH para pessoas analfabetas
e portadoras de graves deficiências físicas.
Em uma conversa telefônica
gravada com autorização judicial, o investigador da Polícia
Civil Aparecido da Silva Santos,
o Cido, que trabalhava na Ciretran de Ferraz, pede para que a
funcionária de uma das auto-escolas envolvidas no esquema
tome providências em relação à
CNH de Paulo Alves de Sousa.
De acordo com Cido, um juiz
pedia esclarecimentos à Ciretran sobre como Sousa podia
ter a CNH expedida em 23 de
maio de 2007 se ele havia sido
preso antes disso, no dia 20 de
abril do mesmo ano.
Bacharel em direito, uma
mulher de 28 anos identificada
como Ediléia, que estava em
São Paulo para fazer um curso
preparatório ao concurso para
delegado da Polícia Civil, foi
outra flagrada negociando com
Silva a compra de CNH. Para tirar CNH para dirigir moto e
carro, ela pagaria R$ 1.500.
Venda de CNH
Em outro caso, o despachante José Antonio Gregório da
Silva, outro preso na terça, negocia a venda de uma CNH com
uma mulher que sonhava em
prestar concurso para ingressar na PRF.
Brasileiros que viviam fora
do país e deixaram sua CNH
vencer também procuravam o
despachante para comprar a
renovação da carteira.
(AC)
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