São Paulo, sábado, 07 de junho de 2008

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Compradores de carteiras iam de presos a advogados

DA REPORTAGEM LOCAL

A Operação Carta Branca encontrou entre os compradores de CNHs (carteira nacional de habilitação) da quadrilha de Ferraz de Vasconcelos (Grande São Paulo) um preso, uma bacharel em direito que queria tirar o documento para virar delegada da Polícia Civil e até um advogado que iria para os Estados Unidos e precisava apresentar sua carteira.
De acordo com o promotor Marcelo Alexandre de Oliveira, a quadrilha também vendia CNH para pessoas analfabetas e portadoras de graves deficiências físicas.
Em uma conversa telefônica gravada com autorização judicial, o investigador da Polícia Civil Aparecido da Silva Santos, o Cido, que trabalhava na Ciretran de Ferraz, pede para que a funcionária de uma das auto-escolas envolvidas no esquema tome providências em relação à CNH de Paulo Alves de Sousa.
De acordo com Cido, um juiz pedia esclarecimentos à Ciretran sobre como Sousa podia ter a CNH expedida em 23 de maio de 2007 se ele havia sido preso antes disso, no dia 20 de abril do mesmo ano.
Bacharel em direito, uma mulher de 28 anos identificada como Ediléia, que estava em São Paulo para fazer um curso preparatório ao concurso para delegado da Polícia Civil, foi outra flagrada negociando com Silva a compra de CNH. Para tirar CNH para dirigir moto e carro, ela pagaria R$ 1.500.

Venda de CNH
Em outro caso, o despachante José Antonio Gregório da Silva, outro preso na terça, negocia a venda de uma CNH com uma mulher que sonhava em prestar concurso para ingressar na PRF.
Brasileiros que viviam fora do país e deixaram sua CNH vencer também procuravam o despachante para comprar a renovação da carteira. (AC)


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