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SP tem 1ª morte por febre amarela em 8 anos
Pedreiro de Cravinhos, na região de Ribeirão Preto, morreu em abril, mas só agora exames confirmaram a doença
Um outro caso suspeito de morte pela doença está sendo investigado em Rincão, cidade também
na região de Ribeirão Preto
DA FOLHA RIBEIRÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Estado de São Paulo registrou a primeira morte por febre
amarela dos últimos oito anos.
A vítima é um pedreiro de Cravinhos, na região de Ribeirão
Preto, que morreu em abril último, mas só agora os exames
confirmaram a doença.
Um segundo caso suspeito de
morte por febre amarela está
sendo investigado em Rincão,
também na região de Ribeirão.
O pedreiro Roberto Baptista
Pires, 39, morava em Cravinhos, mas trabalhava em Ribeirão em uma obra na rodovia
Anhangüera, próximo a uma
mata. Cinco dias antes de morrer, ele também esteve em uma
área rural em Luis Antônio.
No dia 24 de abril, sentiu fortes dores no corpo, febre e mal-estar. Foi atendido no pronto-socorro da cidade com suspeita
de dengue e liberado. Seu quadro clínico piorou e, no dia 26,
ele morreu após uma série de
hemorragias internas, no hospital Beneficência Portuguesa,
em Ribeirão Preto.
Agentes da Secretaria de Estado da Saúde e da Sucen (Superintendência de Controle de
Endemias) estão nebulizando a
mata em Luis Antônio e as
áreas por onde o pedreiro circulou antes de morrer, inclusive os hospitais. O caso é autóctone -contraído no Estado.
Os agentes também buscam
o mosquito que contamina o
macaco, hospedeiro do vírus
repassado ao homem. A Folha
apurou que já foram encontrados mosquitos contaminados
na área rural de Luis Antônio e
de Rincão. Em Ribeirão, a secretaria planeja uma nova
campanha de vacinação no calçadão neste fim de semana.
As últimas mortes por febre
amarela no Estado ocorreram
em 2000, quando duas pessoas
morreram em Santa Albertina
e em Ouroeste. No Brasil, houve 21 mortes em 2008.
Com a chance de confirmação da doença, a preocupação
da prefeitura é retomar a campanha de vacinação. "É importante alertar a população sobre
a importância da vacina. E devemos esclarecer, também, que
as pessoas que estão prestes a
completar dez anos da última
aplicação da dose também já
podem ser vacinadas", disse
Maria Luiza Santa Maria, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Ribeirão.
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