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Para agência, há exagero de censura
CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da agência
DM9DDB, Sergio Valente,
não considera ofensivos
nem o encarte publicitário
e nem campanha de TV da
C&A para o Dia dos Namorados, vetados por órgãos
de defesa do consumidor.
"Não fizemos uma campanha ofensiva e nem tivemos a intenção de ofender
ninguém. Mas não questionamos as determinações, apenas obedecemos", afirmou ontem.
Valente disse que a campanha de TV continuará
no ar, com a retirada da expressão que foi considerada ofensiva ("Papai-Mamãe não!"). "É uma doideira. Qualquer "Caras",
qualquer "Vale a Pena Ver
de Novo", qualquer revista,
qualquer jornal, você vai
ver fotos mais agressivas",
alega Valente.
Sobre a declaração do
delegado do consumidor
Darcy Arruda de que o material publicitário incitava
práticas sexuais, Valente
se disse perplexo. "Gente,
não tem ninguém tirando
a roupa, não. Mesmo porque é um comercial, é um
catálogo que mostra a roupa. Pelo o que sei, sexo se
pratica sem roupa", brincou o publicitário.
Segundo o presidente da
DM9DDB, a propaganda
está passando uma fase de
muita censura. "Qualquer
coisa hoje é considerado
agressivo, ofensivo. Sou
contra qualquer exagero,
de ser agressivo demais e
de ser censor demais."
Valente disse que não
houve problemas com a
campanha publicitária no
resto do país. "É uma pena
que aconteceu isso lá [em
Vitória]. É uma pena que a
propaganda esteja passado por esse exagero de
censura."
A C&A informou, em
nota, que recolheu todo o
material da campanha do
Dia dos Namorados em
suas 150 lojas no país e alterou os comerciais de televisão, que seriam veiculados já na noite de ontem.
A campanha foi ao ar a
partir de 29 de maio.
"Reforçamos que, em
nenhum momento, a C&A
teve a intenção de provocar constrangimento. Nesses 32 anos no Brasil, a
nossa propaganda sempre
foi reconhecida por sua
qualidade e inovação", informou a nota.
Colaborou a Agência Folha
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