São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002

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Ribeirinhos são preocupação no PA

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

O despejo de água de lastro dos navios vindos de outros países preocupa autoridades sanitárias do Estado do Pará em razão da possibilidade de contaminação da população ribeirinha, que reside na margem dos rios próximos aos portos de Belém, de Santarém e de Vila do Conde.
Só em Belém, pelo menos 150 mil habitantes residem às margens dos rios Moju, Guamá, Acará e Pará, que compõem a baía do Guajará -onde fica o porto. A maioria dessas pessoas mora em casas de madeira construídas sobre o rio e utiliza essa água para tomar banho e lavar roupa.
Para evitar a contaminação, a Vigilância Sanitária do Pará informou que realiza fiscalizações para impedir o despejo da água na proximidade dos portos, mas admitiu que alguns navios possam escapar da exigência.
Uma das propostas recomendadas pelas autoridades da Saúde do Pará é que os navios façam trocas contínuas da água durante o percurso. A orientação é que as embarcações despejem a água do lastro ainda no oceano.
O Porto de Belém, inaugurado em 1909, movimenta 800 mil toneladas de carga por ano -os principais produtos operados são: madeira, pimenta, palmito, peixe, camarão, castanha-do-Pará e trigo. Construído para atender a uma frota de navios de pequeno porte, o Porto de Belém e seu canal de acesso necessitam ser submetidos anualmente a intervenções de dragagem de pelo menos 350 mil m3 para garantir uma profundidade de 7,30 metros exigida para possibilitar a passagem de grandes navegações.


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