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COMPORTAMENTO
Fotos feitas no banheiro do Colégio Santo Inácio, no Rio, foram divulgadas na rede; Promotoria vai investigar
Sexo na internet leva alunos a deixar escola
JOSÉ MESSIAS XAVIER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
Um novo caso de sexo entre
adolescentes divulgado pela internet será investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
Desta vez, estão envolvidos três
estudantes do Colégio Santo Inácio, em Botafogo (zona sul), considerado um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro.
O Santo Inácio confirmou ontem que, em acordo com os pais,
afastou dois alunos e uma aluna
que fotografaram -e divulgaram
por e-mail- um dos garotos e a
garota fazendo sexo oral dentro
de um banheiro da escola.
Segundo a assessoria de imprensa do colégio, o caso ocorreu
há 15 dias. Um dos adolescentes
foi afastado por ter emprestado o
celular, sabendo, de acordo com a
escola, do objetivo do colega.
"Trata-se da mesma conduta
infracional do caso dos outros
três jovens [detidos anteontem],
com cenas divulgadas na internet.
Não muda nada de um caso para
o outro. Indagaremos à escola a
razão de o fato não ter sido levado
às autoridades policiais nem ao
Ministério Público", disse Felipe
Cuesta, promotor da 2ª Vara da
Infância e da Juventude.
De acordo com a assessoria do
Santo Inácio, a direção decidiu
suspender os envolvidos por um
dia assim que soube das imagens.
Em seguida, o colégio convocou
uma reunião com os pais.
Apesar de a menina ter sofrido
discriminação por parte dos colegas que viram os e-mails, seus
pais não procuraram delegacias
nem o Ministério Público. Ela era
bolsista. A mensalidade no colégio custa por volta de R$ 1.000.
O colégio diz que não ficou claro, na conversa que a direção
manteve com a jovem, se ela sabia
que estava sendo fotografada.
No caso dos meninos detidos
anteontem, a
garota que teve suas imagens divulgadas pela internet não sabia
que estava sendo filmada.
"Uma investigação por parte do
Ministério Público não depende
de nenhum registro. É como um
crime. Não depende de ninguém
dar queixa para que uma autoridade pública passe a investigar",
disse o promotor Cuesta.
O Ministério Público do Rio
tem 150 inquéritos que apuram
crimes através da internet. Desse
total, 105 casos são de pornografia
infantil, com imagens de jovens
mantendo relações sexuais divulgadas em vários sites.
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