São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

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A FAVOR

Para grupo pró-cotas, melhor solução são as ações afirmativas

DA REPORTAGEM LOCAL

O manifesto entregue nesta semana com mais de 300 assinaturas, entre elas a do diretor teatral Augusto Boal, pelo grupo a favor do Estatuto da Igualdade Racial afirma que a situação educacional dos afro-descendentes no Brasil é pior do que a dos negros da África do Sul durante a segregação racial e acusa os opositores de não apresentarem propostas concretas para a inclusão racial.
Para eles, a principal forma de reverter a situação é o sistema de cotas nas universidades e a implantação de medidas que estimulem a sociedade a empregar mais afro-descendentes. Após entregarem ao Senado o abaixo-assinado, na terça-feira, o grupo prepara uma grande manifestação, ainda neste mês, em Salvador, e já marcou para agosto um encontro nacional com todas as universidades federais que já adotaram as cotas para que elas apresentem seus resultados.
O grupo também promete acompanhar "minuto a minuto" o trabalho dos deputados. "Quem fugir do debate será cobrado", diz frei David dos Santos, do Educafro (pré-vestibular para afro-descendentes) e um dos líderes pró-estatuto. Para ele, não são necessárias mais discussões e o projeto não dividirá a sociedade.
Tem a mesma opinião José Jorge de Carvalho, antropólogo da Universidade de Brasília. "Racismo é o que temos agora. As ações afirmativas querem apenas promover o acesso dos afro-descendentes aos benefícios previstos para todos." (DT)


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