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A FAVOR
Para grupo pró-cotas, melhor solução são as ações afirmativas
DA REPORTAGEM LOCAL
O manifesto entregue nesta
semana com mais de 300 assinaturas, entre elas a do diretor
teatral Augusto Boal, pelo grupo a favor do Estatuto da Igualdade Racial afirma que a situação educacional dos afro-descendentes no Brasil é pior do
que a dos negros da África do
Sul durante a segregação racial
e acusa os opositores de não
apresentarem propostas concretas para a inclusão racial.
Para eles, a principal forma
de reverter a situação é o sistema de cotas nas universidades e
a implantação de medidas que
estimulem a sociedade a empregar mais afro-descendentes.
Após entregarem ao Senado o
abaixo-assinado, na terça-feira,
o grupo prepara uma grande
manifestação, ainda neste mês,
em Salvador, e já marcou para
agosto um encontro nacional
com todas as universidades federais que já adotaram as cotas
para que elas apresentem seus
resultados.
O grupo também promete
acompanhar "minuto a minuto" o trabalho dos deputados.
"Quem fugir do debate será cobrado", diz frei David dos Santos, do Educafro (pré-vestibular para afro-descendentes) e
um dos líderes pró-estatuto.
Para ele, não são necessárias
mais discussões e o projeto não
dividirá a sociedade.
Tem a mesma opinião José
Jorge de Carvalho, antropólogo
da Universidade de Brasília.
"Racismo é o que temos agora.
As ações afirmativas querem
apenas promover o acesso dos
afro-descendentes aos benefícios previstos para todos."
(DT)
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