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ANDRÉ FONSECA LOZANO (1968-2009)
Um jornalista que adorava cozinhar
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A primeira faculdade de
André Lozano foi arquitetura, brinca a mãe. Ele estava
na barriga dela quando ela se
formou. Diploma mesmo,
obteve em jornalismo, na Faculdade Cásper Líbero, e em
ciências sociais, na USP, cursos que terminou simultaneamente aos 23 anos.
A sólida formação de Lozano, na opinião dos amigos, foi
fundamental em sua trajetória como jornalista. Pensava
nos aspectos políticos da
área que costumava cobrir
-a segurança pública-, como lembra o amigo e jornalista Marcelo Godoy.
Sua visão do assunto seria
também responsável por levá-lo a ser assessor de imprensa de dois ministros da
Justiça: José Carlos Dias e
Miguel Reale Júnior.
Para Dias, Lozano era leal,
ético e eficiente. "Ele escrevia bem, tinha boas ideias."
Trabalhou ainda com Marta
Suplicy na Prefeitura de SP.
Pela Folha, onde ficou de
1991 a 1999, foi finalista do
Prêmio Esso, em 1994, com
uma reportagem que mostrava a realidade do menor
colégio eleitoral do país, no
Acre, com apenas 321 eleitores e sete aparelhos de TV.
Tânia, a mãe, lembra que
Lozano era "festeiro". "Ele
gostava de reunir os amigos
em casa e fazer paella."
Morreu anteontem num
acidente, aos 41, após cair de
um terraço. Deixa dois filhos: Camila, de 12 anos, e
João Pedro, de 11 meses. O
corpo é velado no cemitério
da Paz, na Vila Sônia, e o enterro está previsto para as
10h de hoje, no mesmo local.
obituario@grupofolha.com.br
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