São Paulo, terça-feira, 07 de julho de 2009

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ANDRÉ FONSECA LOZANO (1968-2009)

Um jornalista que adorava cozinhar

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A primeira faculdade de André Lozano foi arquitetura, brinca a mãe. Ele estava na barriga dela quando ela se formou. Diploma mesmo, obteve em jornalismo, na Faculdade Cásper Líbero, e em ciências sociais, na USP, cursos que terminou simultaneamente aos 23 anos.
A sólida formação de Lozano, na opinião dos amigos, foi fundamental em sua trajetória como jornalista. Pensava nos aspectos políticos da área que costumava cobrir -a segurança pública-, como lembra o amigo e jornalista Marcelo Godoy.
Sua visão do assunto seria também responsável por levá-lo a ser assessor de imprensa de dois ministros da Justiça: José Carlos Dias e Miguel Reale Júnior. Para Dias, Lozano era leal, ético e eficiente. "Ele escrevia bem, tinha boas ideias."
Trabalhou ainda com Marta Suplicy na Prefeitura de SP. Pela Folha, onde ficou de 1991 a 1999, foi finalista do Prêmio Esso, em 1994, com uma reportagem que mostrava a realidade do menor colégio eleitoral do país, no Acre, com apenas 321 eleitores e sete aparelhos de TV.
Tânia, a mãe, lembra que Lozano era "festeiro". "Ele gostava de reunir os amigos em casa e fazer paella." Morreu anteontem num acidente, aos 41, após cair de um terraço. Deixa dois filhos: Camila, de 12 anos, e João Pedro, de 11 meses. O corpo é velado no cemitério da Paz, na Vila Sônia, e o enterro está previsto para as 10h de hoje, no mesmo local.

obituario@grupofolha.com.br


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