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Polícia unifica 3 investigações
DA SUCURSAL DO RIO
Só depois de três mortes na cúpula do sistema penitenciário
-Abel Silvério Aguiar, Paulo Roberto Rocha, em 2003, e Sidneya
Santos de Jesus, em 2000- o governo do Rio decidiu unificar as
investigações sobre os crimes.
Determinou também que haja
segurança obrigatória para diretores dos presídios de segurança
máxima, feita pela Polícia Civil.
Haverá reforço da vigilância do
complexo de Bangu e implantação definitiva dos bloqueadores
de telefones celulares em Bangu 2,
3 e 4. "A disposição das autoridades é de manter a ordem a qualquer custo e garantir a integridade física dos servidores dirigentes
do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário)", afirma a
nota da Polícia Civil. O delegado
Paulo Passos, chefe de gabinete da
chefia de Polícia Civil, comandará
as investigações.
Até agora, o inquérito sobre a
morte de Rocha estava na 34ª DP,
em Bangu, mas ninguém foi ouvido. A morte de Sidneya nunca foi
esclarecida.
O secretário de Administração
Penitenciária, Astério Pereira dos
Santos, disse não acreditar na perda de poder para o crime: "O Estado está se impondo. Estamos
recuperando o poder do Estado".
Ele reconheceu, porém, que tem
tido dificuldades para substituir
diretores de presídios, e lembrou
outras mortes de agentes penitenciários e policiais. "As pessoas estão morrendo não é de hoje. Para
mim, essas pessoas são tão importantes quanto os diretores",
afirmou Santos, que disse receber
ameaças diariamente e circula
com seguranças. Mesmo sabendo
que estava ameaçado, Aguiar não
quis andar com segurança, disse
Santos. Segundo ele, a recusa decorreu de um traço da cultura do
agente penitenciário: o de achar
que, porque controla presos, está
imune a ameaças.
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