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Centro requer mais ações antifumo, diz secretaria
Pasta nega que atuação dos fiscais despreze bairros periféricos de SP
Reportagem publicada ontem na Folha revelou que, no 1º ano da lei, a periferia da capital foi bem menos fiscalizada
DE SÃO PAULO
A Secretaria da Saúde do
Estado de São Paulo afirma
que a fiscalização da lei antifumo na capital é mais concentrada na região central
porque ela possui muito mais
estabelecimentos comerciais, instituições e condomínios do que a periferia.
A pasta nega que as operações sejam concentradas
apenas nos bairros nobres e
afirma que os periféricos
também são fiscalizados.
Reportagem publicada ontem pela Folha mostrou que
o balanço da lei, que completa hoje um ano, revela desequilíbrio de fiscalização entre os bairros mais nobres de
São Paulo e a periferia.
"Os fiscais percorreram todo o Estado de São Paulo, incluindo os bairros periféricos. Até o final de junho foram realizadas 21,8 mil ações
de fiscalização nos bairros
mais afastados, o que significa que a cada quatro inspeções feitas na cidade, uma é
na periferia", diz a secretaria.
"A fiscalização foi para valer, não deixamos barato",
sustenta Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância
Sanitária e coordenadora dos
fiscais da lei antifumo.
Um levantamento da própria secretaria mostra que,
enquanto os fiscais foram
5.395 vezes ao Itaim Bibi e
4.579 vezes a Perdizes (zona
oeste), estiveram apenas 148
vezes em Perus e 247 vezes na
Brasilândia (zona norte).
MULTAS
O Itaim também lidera em
número de multas aplicadas
(32), enquanto Perus e Brasilândia não registraram nenhuma notificação do tipo.
Ao todo, foram aplicadas
no Estado 822 multas em 361
mil inspeções entre 7 de
agosto do ano passado, dia
em que a lei entrou em vigor,
e o último 31 de julho. São
500 fiscais em operação.
Segundo fiscais da lei antifumo, o número de blitze é
menor na periferia devido à
dificuldade de abordagem.
Alguns relatam ameaças.
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