São Paulo, sábado, 07 de agosto de 2010

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Centro requer mais ações antifumo, diz secretaria

Pasta nega que atuação dos fiscais despreze bairros periféricos de SP

Reportagem publicada ontem na Folha revelou que, no 1º ano da lei, a periferia da capital foi bem menos fiscalizada

DE SÃO PAULO

A Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo afirma que a fiscalização da lei antifumo na capital é mais concentrada na região central porque ela possui muito mais estabelecimentos comerciais, instituições e condomínios do que a periferia.
A pasta nega que as operações sejam concentradas apenas nos bairros nobres e afirma que os periféricos também são fiscalizados.
Reportagem publicada ontem pela Folha mostrou que o balanço da lei, que completa hoje um ano, revela desequilíbrio de fiscalização entre os bairros mais nobres de São Paulo e a periferia.
"Os fiscais percorreram todo o Estado de São Paulo, incluindo os bairros periféricos. Até o final de junho foram realizadas 21,8 mil ações de fiscalização nos bairros mais afastados, o que significa que a cada quatro inspeções feitas na cidade, uma é na periferia", diz a secretaria.
"A fiscalização foi para valer, não deixamos barato", sustenta Maria Cristina Megid, diretora da Vigilância Sanitária e coordenadora dos fiscais da lei antifumo.
Um levantamento da própria secretaria mostra que, enquanto os fiscais foram 5.395 vezes ao Itaim Bibi e 4.579 vezes a Perdizes (zona oeste), estiveram apenas 148 vezes em Perus e 247 vezes na Brasilândia (zona norte).

MULTAS
O Itaim também lidera em número de multas aplicadas (32), enquanto Perus e Brasilândia não registraram nenhuma notificação do tipo.
Ao todo, foram aplicadas no Estado 822 multas em 361 mil inspeções entre 7 de agosto do ano passado, dia em que a lei entrou em vigor, e o último 31 de julho. São 500 fiscais em operação.
Segundo fiscais da lei antifumo, o número de blitze é menor na periferia devido à dificuldade de abordagem. Alguns relatam ameaças.


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