São Paulo, sexta, 7 de agosto de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Foto permite erros grosseiros

da Reportagem Local

O reconhecimento fotográfico do motoboy Francisco de Assis Pereira por sete supostas vítimas de violência sexual foi considerado um indício "fraco" pelos quatro advogados ouvidos.
"O reconhecimento fotográfico permite erros grosseiros. São vários os casos relatados na literatura criminal de pessoas que foram reconhecidas pelo retrato do álbum da polícia e depois descobriu-se que não eram os culpados", diz Márcio Thomaz Bastos.
Luiz Flávio Borges D'Urso concorda. "Isso é muito traiçoeiro, porque a pessoa registra uma imagem na mente e depois não consegue recuperar aquela referência, confunde-se."
É preciso ainda ver em que circunstâncias foram feitos os reconhecimentos fotográficos, porque as vítimas podem ter sido induzidas a identificá-lo.
No caso dos crimes do parque do Estado, o reconhecimento fotográfico seria apenas um indício fraco de que Francisco Pereira teria estuprado as moças que o identificaram.
Mas essa prova não tem validade para ser levada a júri, dizem os advogados. Só foi utilizada como indício contra o acusado enquanto ele não estava preso. Agora, terá que passar por um reconhecimento pessoal (leia texto nesta página), que exige alguns critérios mais rigorosos.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.