São Paulo, sexta, 7 de agosto de 1998

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Ação não serve como prova

da Reportagem Local

Embora não seja comprovado que todas as mulheres encontradas mortas no parque do Estado tenham sido assassinadas pela mesma pessoa, a polícia identificou características semelhantes nos corpos, o que indicaria o modo de agir de um único criminoso.
Essa relação, segundo os advogados ouvidos pela reportagem, não serve de prova para condenação, mas pode ser utilizada pela acusação em um júri popular.
Atualmente, o crime sobre o qual se tem mais indícios de ligação com Francisco de Assis Pereira é a morte de Selma Ferreira Queiroz.
Um documento da jovem foi encontrado no esgoto da empresa em que o motoboy trabalhava, sua irmã recebeu um pedido de resgate de um homem cuja voz seria semelhante à do motoboy e em seu corpo a polícia identificou espermatozóides cujas origem está sendo analisada.
Segundo os advogados, mesmo que surjam novos fatos que indiquem que Pereira foi o assassino de Selma, isso não pode ser extrapolado para os outros crimes. Ao menos tecnicamente.
"A rigor, o modus operandi seria apenas uma forma de aproximar os casos, mas um júri popular poderia até condenar o acusado com base nisso", diz o advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos.



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