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Vigilância pede ajuda a consumidor
DA REPORTAGEM LOCAL
A Vigilância Sanitária está pedindo aos consumidores que denunciem a venda dos aparelhos
de ginástica passiva.
Segundo a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), não
há comprovação científica de eficiência desses produtos nem se
sabe se eles oferecem risco à saúde
dos usuários.
O pedido acontece justamente
porque cabe aos produtores e distribuidores recolher e retirar os
produtos do mercado. Depois da
retirada, as empresas devem informar a Vigilância Sanitária. Caso não o façam, podem ser interditadas pelo órgão federal.
"Vamos partir do pressuposto
de que os produtores e distribuidores vão recolher tudo", afirmou
Ado de Castro Bechelli, diretor da
Vigilância Sanitária do Núcleo 2.
Além de denunciar o comércio
desses produtos, a Vigilância Sanitária orienta a suspensão e não-utilização dos aparelhos para
quem já os tem em casa.
O Procon informou que os consumidores que tiverem se sentindo lesados pela compra de aparelhos poderão pedir seu dinheiro
de volta aos fabricantes.
Mesmo com a proibição, canais
de TV aberta continuam veiculando anúncios dos produtos. O
Conar (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária)
está identificando as propagandas e deverá processar os anunciantes que as mantiverem no ar.
Na "busca" por um abdome definido, a dona-de-casa Simone
Wallner, 28, recorreu ao Elysée
Belt Plus 8 Pads, um dos aparelhos proibidos pela Anvisa, para
perder barriga.
Depois de usar por dois meses,
uma hora por dia, os únicos "resultados" eram dores musculares
e insatisfação por não ter obtido o
"resultado esperado".
Como Simone, outras 500 mil
pessoas adquiriram, nos últimos
quatro anos, um Elysée Belt.
A febre pelos produtos que prometem boa forma chegou às
mãos dos camelôs do centro de
São Paulo, onde é possível comprar um aparelho -falsificado-
por apenas R$ 30 (um "original"
custa cerca de R$ 400). Anteontem, a polícia apreendeu 400 falsificados, da Body Building Belt.
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