São Paulo, sábado, 07 de setembro de 2002

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Vigilância pede ajuda a consumidor

DA REPORTAGEM LOCAL

A Vigilância Sanitária está pedindo aos consumidores que denunciem a venda dos aparelhos de ginástica passiva.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não há comprovação científica de eficiência desses produtos nem se sabe se eles oferecem risco à saúde dos usuários.
O pedido acontece justamente porque cabe aos produtores e distribuidores recolher e retirar os produtos do mercado. Depois da retirada, as empresas devem informar a Vigilância Sanitária. Caso não o façam, podem ser interditadas pelo órgão federal.
"Vamos partir do pressuposto de que os produtores e distribuidores vão recolher tudo", afirmou Ado de Castro Bechelli, diretor da Vigilância Sanitária do Núcleo 2.
Além de denunciar o comércio desses produtos, a Vigilância Sanitária orienta a suspensão e não-utilização dos aparelhos para quem já os tem em casa.
O Procon informou que os consumidores que tiverem se sentindo lesados pela compra de aparelhos poderão pedir seu dinheiro de volta aos fabricantes.
Mesmo com a proibição, canais de TV aberta continuam veiculando anúncios dos produtos. O Conar (Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária) está identificando as propagandas e deverá processar os anunciantes que as mantiverem no ar.
Na "busca" por um abdome definido, a dona-de-casa Simone Wallner, 28, recorreu ao Elysée Belt Plus 8 Pads, um dos aparelhos proibidos pela Anvisa, para perder barriga.
Depois de usar por dois meses, uma hora por dia, os únicos "resultados" eram dores musculares e insatisfação por não ter obtido o "resultado esperado".
Como Simone, outras 500 mil pessoas adquiriram, nos últimos quatro anos, um Elysée Belt.
A febre pelos produtos que prometem boa forma chegou às mãos dos camelôs do centro de São Paulo, onde é possível comprar um aparelho -falsificado- por apenas R$ 30 (um "original" custa cerca de R$ 400). Anteontem, a polícia apreendeu 400 falsificados, da Body Building Belt.


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