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ESTRADAS
Viaoeste terá ressarcimento
Governo paga R$ 517 mil por desconto em pedágio
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo de São Paulo vai bancar R$ 517 mil pelo primeiro mês
de vigência do desconto progressivo da tarifa de pedágio nas marginais da Castello Branco.
O dinheiro será deduzido do
ônus mensal de R$ 1,9 milhão que
a Viaoeste paga ao Estado pela
concessão do sistema, que também envolve as estradas Raposo
Tavares e José Ermírio de Moraes.
A diferença de R$ 517 mil será
compensada pelo governo porque a quantidade de usuários nas
marginais da Castello não atingiu
a meta mínima prevista -deveria subir de 42 mil para ao menos
53 mil, mas ficou em 48 mil. O objetivo final é chegar a 70 mil.
A redução na tarifa de R$ 3,50
começou a valer em 1º de agosto
para os motoristas que aderem ao
sistema de cobrança eletrônica
Sem Parar. Quem passa dez vezes
por mês, por exemplo, recebe 2%
de desconto e paga R$ 3,43; quem
utiliza mais de 40 vezes paga R$
1,74 --queda de 50,2%.
O acordo prevendo esses descontos foi feito pela Artesp (agência reguladora das concessões de
rodovias) e a Viaoeste no final de
julho. Ele é válido por 18 meses.
A Artesp estipulou uma meta de
arrecadação da concessionária de
R$ 104 milhões para esse período
-R$ 5,8 milhões por mês. Se a arrecadação é menor, a diferença é
bancada pelo Estado.
O objetivo do acordo era estimular os motoristas a usarem a
rodovia, em vez de adotar rotas de
fuga para não pagar a tarifa.
O diretor-geral da Artesp, Silvio
Minciotti, considerou esse balanço do primeiro mês positivo, apesar de a meta não ter sido atingida. "Tivemos um aumento de
15% só no primeiro mês, o que
mostra que a população está
aprovando", disse Minciotti.
Segundo ele, em agosto, 6.062
motoristas instalaram em seus
veículos os adesivos eletrônicos
do sistema Sem Parar, que ficam
colados no pára-brisa e permitem
a redução progressiva da tarifa.
"A média mensal antes da medida
era de 950." A conta pode ser paga
no cartão de crédito ou por meio
de cobrança bancária. Para isso,
os motoristas pagam uma taxa de
adesão de R$ 30,20 e taxa mensal
de manutenção de R$ 5,40.
Minciotti disse não haver previsão de quando a meta de arrecadação nas marginais será atingida. "Não há estudos e é difícil imaginar. Mas estou otimista.
Acho que em dois meses é possível que o equilíbrio seja atingido."
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