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São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2003

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Especialistas apontam saídas de saias justas

DA REVISTA

Basta chegar uma visita e Vítor, 4, vai para o quarto, tira a roupa e faz uma "entrada triunfal" na sala, totalmente nu.
O "exibicionismo" infantil faz parte da fase de exploração dos corpos. Como um brinquedo novo, a criança quer mostrar o que já descobriu. A menina que adora levantar a roupa e mostrar o bumbum pode estar imitando algo que viu na TV. Nos dois casos, cabe aos adultos começar a dar noções de intimidade.
É também a hora de falar sobre respeito. "Alguns pais acham que tudo que seu filho faz é uma gracinha, mas se esquecem de que aquela gracinha vai crescer e viver em sociedade. Pais e professores devem mostrar que vivemos com outras pessoas, temos de respeitá-las e parte desse respeito é não ficar mostrando seu órgão sexual para quem não quer ver", recomenda Marcos Ribeiro.
Outro exemplo é o de Maria, 3. A porta do quarto estava só encostada e ela viu os pais transando. No dia seguinte, contou à professora que, quando o casal está no quarto, seu pai fica tentando matar a mamãe.
Se a criança viu o ato sexual, é fundamental falar sobre o assunto para que ela não comece a fantasiar. Ribeiro sugere que os pais comecem perguntando: ""Acho que você viu a gente fazendo amor, tendo uma relação sexual. Você sabe o que é isso?" Se ela disser que sim, descubra o que realmente sabe e complemente, se necessário. Se não, fale brevemente sobre namoro e relação sexual, explique que foi num momento como aquele que ela foi feita."


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