São Paulo, domingo, 07 de setembro de 2008

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"Nada de óculos escuros", alerta o motorista

DA SUCURSAL DO RIO

Tão logo o repórter da Folha subiu na kombi dos Médicos Sem Fronteiras, que o levaria ao posto do grupo no complexo do Alemão, o motorista alertou: nada de cinto de segurança ou óculos escuros, pois é preciso estar preparado para sair do carro em situações de risco e deixar os olhos sempre visíveis para evitar problemas.
Os veículos do MSF, além da identificação do grupo em letras garrafais, levam sempre um adesivo em forma de círculo com o símbolo de uma arma sob uma faixa vermelha atravessada, uma tentativa de evitar que o veículo seja confundido pelos traficantes ou atingido por balas.
Esse conhecimento adquirido pela ONG a partir de sua atuação em situações de guerra e, recentemente, no Alemão, tem levado o grupo a realizar oficinas de capacitação em gestão de risco para profissionais de saúde que atuam em áreas de vulnerabilidade social.
Já foram treinados médicos do Rio, de Porto Alegre e de Belo Horizonte. No Rio, foi feito um manual de segurança, distribuído recentemente pela Secretaria Municipal de Saúde aos profissionais que atuam nessas áreas.
Além de recomendar não usar cinto de segurança -sugestão que foi criticada por autoridades de trânsito- e óculos escuros, a cartilha também orienta sobre como se comportar e o que fazer em caso de tiroteio.


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