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"Nada de óculos escuros", alerta o motorista
DA SUCURSAL DO RIO
Tão logo o repórter da Folha subiu na kombi dos Médicos Sem Fronteiras, que o
levaria ao posto do grupo no
complexo do Alemão, o motorista alertou: nada de cinto
de segurança ou óculos escuros, pois é preciso estar preparado para sair do carro em
situações de risco e deixar os
olhos sempre visíveis para
evitar problemas.
Os veículos do MSF, além
da identificação do grupo em
letras garrafais, levam sempre um adesivo em forma de
círculo com o símbolo de
uma arma sob uma faixa vermelha atravessada, uma tentativa de evitar que o veículo
seja confundido pelos traficantes ou atingido por balas.
Esse conhecimento adquirido pela ONG a partir de sua
atuação em situações de
guerra e, recentemente, no
Alemão, tem levado o grupo
a realizar oficinas de capacitação em gestão de risco para
profissionais de saúde que
atuam em áreas de vulnerabilidade social.
Já foram treinados médicos do Rio, de Porto Alegre e
de Belo Horizonte. No Rio,
foi feito um manual de segurança, distribuído recentemente pela Secretaria Municipal de Saúde aos profissionais que atuam nessas áreas.
Além de recomendar não
usar cinto de segurança -sugestão que foi criticada por
autoridades de trânsito- e
óculos escuros, a cartilha
também orienta sobre como
se comportar e o que fazer
em caso de tiroteio.
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