São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2011 |
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Tensão entre moradores e força de segurança aumenta Antes de ataque do tráfico, grupo volta a entrar em confronto com militares População acusa Exército de represália; força diz que confusão começou após operação contra mototaxistas DIANA BRITO MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO Moradores e militares da Força de Ocupação do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, se enfrentaram novamente na segunda-feira à noite, no mesmo local onde, no domingo à tarde, um conflito deixou 12 pessoas feridas -entre elas, dois soldados. O novo confronto agravou ainda mais o clima de tensão por que passa a região desde o domingo. Moradores acusam os militares de terem apagado as luzes da rua antes de começar a disparar balas de borracha contra a população. Seria uma represália, dizem, ao confronto anterior. O Exército nega. "Aconteceu no mesmo lugar da primeira confusão. Eles entraram na rua 2, apagaram as luzes e começaram a procurar todo mundo que deu entrevista", disse uma moradora que não quis se identificar. O Exército afirma que, pouco antes da confusão, houve uma ação contra mototaxistas. Oito foram presos. Segundo os militares, revoltados, outros mototaxistas estimularam moradores a entrar em confronto com a Força de Ocupação. Alguns incendiaram pedaços de madeira no cruzamento entre as avenidas Itaoca e Itararé, que levam ao Alemão. "Nossa presença quebra toda a sorte de negócios irregulares. Imagina os valores que circulavam aqui antes", disse o general Cesar Leme, comandante da Força de Pacificação. Amanhã, três promotores militares vão visitar o local. O comando da Força também pretende ampliar as reuniões com líderes comunitários. "A relação com oficiais é boa, mas jovens recrutas estão desrespeitando moradores e colocando em risco a pacificação", diz José Júnior, coordenador da ONG AfroReggae. Segundo ele, muitos moram em áreas dominadas por facções rivais ao Comando Vermelho, que dominava o Alemão, e fazem questão de dizer isso aos moradores. De manhã o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) afirmou que os problemas recentes são resultado de "resquícios de um viés violento" de uma minoria de moradores das favelas e da própria polícia. Militares filmam boca de fumo no Rio folha.com/no971197 Texto Anterior: Tráfico ataca ocupação do Exército no Rio Próximo Texto: Tráfico ainda atua no complexo, diz general Índice | Comunicar Erros |
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