São Paulo, segunda, 7 de setembro de 1998

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EDUCAÇÃO
Escola une disciplinas e cria bandeira para 7 de setembro

Leonardo Colosso/Folha Imagem
Alunos da escola pública Ângelo Rafael Pellegrino, na Grande SP, montam bandeira para desfile na comemoração do Dia da Independência


GILBERTO DIMENSTEIN
do Conselho Editorial

Num espaço coberto dentro da escola pública Ângelo Raphael Pellegrino em São Caetano do Sul (Grande São Paulo), meninos e meninas montam há duas semanas uma bandeira do Brasil, num projeto desenvolvido nas aulas de artes para a comemoração de hoje do Dia da Independência.
A bandeira, feita de blocos de isopor, vai ser levada hoje às ruas no desfile comemorativo na cidade e é apenas um pedaço de um projeto. Em várias matérias, de história a português, o tema independência brasileira é discutido, de forma multidisciplinar.
Esse tipo de programa faz dessa escola municipal motivo de disputa na cidade, onde a evasão é próxima de zero -há disputa por vagas. São dadas aulas não apenas de inglês, mas italiano.
A Ângelo Pellegrino é das raras escolas públicas fundamentais que oferecem, além das aulas regulares, atividades extra-classe.
Para lidar com a agressividade dos alunos, há aulas de judô. O professor é orientado, em casos especiais, a ministrar tai-chi-chuan, arte milenar chinesa, que tem efeitos relaxantes.
Junto com o professor há uma psicóloga e uma nutricionista. Eles recebem orientação pedagógica e treino para professores de uma das melhores escolas privadas de São Paulo, a Escola da Vila.
Ao completarem a oitava série do 1º grau, os alunos vão para uma escola pública coligada, chamada Alcino Leão, na mesma cidade.
Ela é tida nacionalmente como uma escola-modelo. Eles dispõem de um laboratório de informática, coordenado por Paulo Garcia, um pesquisador da Escola do Futuro, da Universidade de São Paulo.
Mesmo nas melhores escolas privadas é difícil encontrar um laboratório tão sofisticado, já que dispõe de uma intranet, que os habilita a uma veloz captação de dados da Internet.
O computador é usado como parte de vários currículos, permitindo aos estudantes desenvolver projetos multidisciplinares. Um sinal de respeito às duas escolas, ambas mantidas pela prefeitura, com parcerias com empresas, é a ausência de pichação nos muros.



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