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Festa é quase uma ilusão
do Conselho Editorial
As estatísticas da educação
brasileira mostram que a comemoração do 7 de Setembro,
Dia da Independência, se aproxima da ilusão. Uma nação só
é, de fato, independente quando seus cidadãos são independentes.
Apenas a educação consegue
dar aos indivíduos autonomia,
capacidade de dirigir suas vidas, guiando-se pelo direito de
optar. A leitura das estatísticas
educacionais revela, evidentemente, avanços como a universalização da matrícula no
ensino fundamental, programas de valorização do professor, currículos mais orientados
pelo cotidiano.
Programas como TV Escola,
apesar da precariedade de sua
aplicação, são indicação de que
os avanços eletrônicos podem
reduzir as distâncias e ganhar
tempo. Mas o quadro é, sob
quase todos os aspectos, lastimável, incompatível com a nona economia do mundo.
Mesmo a maioria dos que
conseguem acabar o 2º grau
numa escola pública sabe muito pouco. Nem 30% do que deveriam saber de química, português, física ou matemática.
Os laboratórios de ciências
são precários, incapazes de encantar os alunos no prazer da
experimentação. Informática é
artigo de luxo. Poucos são os
brasileiros que, hoje, ao fazerem o percurso público ganharam independência para lidar e
prosperar com os códigos da
era da informação.
A novidade positiva -além
do fato de que pela primeira
vez educação virou assunto
corrente- é que mais e mais
grupos empresariais vêm, em
todo o país, fazendo parcerias
com escolas públicas para influenciar os governos com centros de excelência.
(GD)
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