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VÔO 1907/VÍTIMAS
Peritos já identificaram 29 corpos de vítimas da queda
Militares conseguiram completar a remoção de pouco mais da metade dos mortos
Líder indígena Megaron Txucarramãe afirmou que o combustível do Boeing vazou em um córrego que desemboca no rio Xingu
LETÍCIA SANDER
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
EDUARDO SCOLESE
ENVIADO ESPECIAL A NOVO
PROGRESSO (PA)
Vinte e nove vítimas do acidente com o avião da Gol já haviam sido identificadas até ontem por peritos do Instituto de
Identificação da Polícia Civil e
do IML (Instituto Médico Legal). Apenas um, o antropólogo
alemão Andreas Friederich
Kowalski, 42, foi identificado
pela arcada dentária. O restante foi reconhecido por meio de
impressões digitais.
Até o fechamento desta edição, 38 corpos haviam passado
pelo IML. Desses, nove foram
identificados quinta, e 20, ontem. Os primeiros nove foram
liberados para o sepultamento.
"O trabalho aqui está sendo
feito de forma muito rápida",
disse o diretor do IML, José
Flávio Souza Bezerra. Dos nove
corpos que os peritos ainda
precisam identificar, dois são
de crianças de um a três anos.
Foram solicitados exames de
DNA para identificá-los.
Ontem, em Brasília, foram
realizados os enterros de três
das vítimas do acidente. O bancário Francisco das Chagas
Loiola, 44, foi enterrado no cemitério Campo da Esperança.
Na mesma tarde, também foram sepultados os restos mortais do publicitário Mario Leite
Lleras, 25, e do analista de finanças do Tesouro Nacional
José Inácio Trindade.
Remoção
Uma semana após a tragédia,
militares conseguiram ontem
completar a remoção de pouco
mais da metade das 154 vítimas
do vôo 1907 da Gol. À tarde, numa homenagem, um helicóptero da FAB (Força Aérea Brasileira) sobrevoou o local da queda e lançou rosas.
Dos 90 corpos retirados da
mata, 38 foram transportados a
Brasília. Outros 52 sacos com
restos mortais (que podem ser
de 52 vítimas) permanecem
sob a análise de peritos da Polícia Civil que atuam em uma base montada numa fazenda próxima ao local do acidente.
Ontem, por conta de uma infestação de piolhos oriundos de
animais silvestres, militares
que estão atuando na região tiveram de raspar o cabelo.
Querosene
O líder indígena Megaron
Txucarramãe, administrador
da Funai (Fundação Nacional
do Índio) em Colíder (MT), avisou às autoridades encarregadas das investigações que o
combustível do Boeing vazou
em um córrego que desemboca
no rio Xingu, um dos principais
da região. Ele solicitou à Funai
o envio de uma equipe de ambientalistas para avaliar os danos ambientais.
Colaboraram LEONARDO SOUZA e IURI DANTAS
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