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POLÍCIA
Suspeito de furtar obras da Mário de Andrade desaparece
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Civil não conseguiu encontrar ontem o bibliotecário Ricardo Pereira
Machado, o principal suspeito de ter furtado obras raras
da Biblioteca Mário de Andrade e de outros arquivos
brasileiros. Não havia ninguém no endereço em São
Bernardo do Campo que o
bibliotecário forneceu para a
casa de leilões Babel Livros.
A polícia tentava cumprir
um mandado judicial de busca e apreensão no local.
O fracasso da operação sugere que ele possa ter fugido.
Machado foi apontado como dono de uma gravura de
Oswaldo Goeldi que havia sido furtada da Mário de Andrade. A gravura estava na
casa de ex-cunhado do restaurador da biblioteca, preso
em flagrante com obras raras. Entre elas, havia um manuscrito de 1791 de Dona
Maria I (1734-1816), conhecida como a "rainha louca",
furtado do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
Foi o bibliotecário que colocou à venda na Babel Livros a segunda edição de "O
Guarani", de José de Alencar, de 1863. A obra foi vendida por R$ 5.760. O colecionador que comprou a edição
devolveu-a à biblioteca.
O delegado Fernando Pires trabalha com a hipótese
de que Machado possa ter sido o autor do furto à Mário
de Andrade, descoberto no
início de setembro. Foram
levadas gravuras de Rugendas, Debret e um livro de orações de 1501.
O bibliotecário tinha um
método simples para furtar:
contava com a ajuda de funcionário do arquivo. Uma
prisão efetuada na última
quarta-feira revelou o método de Machado. O preso, Erivaldo Tadeu dos Santos Nunes, é ex-cunhado de José
Camilo dos Santos, restaurador da biblioteca há 25 anos.
Ele estava com a gravura de
Goeldi e livros do século 19.
(MARIO CESAR CARVALHO)
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