JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Os adultos sobreviventes de acidentes com graves lesões no cérebro ou na coluna poucos anos depois enfrentam dificuldades econômicas, relata estudo publicado na revista "Medical Care".
O professsor William Hollingworth e colaboradores da Universidade Washington, em Seattle, EUA, identificaram 6.345 adultos, residentes naquele Estado, hospitalizados com lesões cerebrais ou na medula espinhal.
Verificaram que, cinco anos depois do acidente, 3,5% desses pacientes entrevistados haviam empobrecido e praticamente estavam falidos.
A razão desta perda de recursos, de acordo com os autores, estaria relacionada a dívidas contraídas anteriormente ao acidente.
Bons salários ou capacidade de ganhos financeiros permitiram acumular a compra da casa própria com base em hipoteca a ser paga a longo prazo com empréstimo para adquirir um carro, além dos débitos do cartão de crédito.
Os débitos permanecem, mas a capacidade de honrá-los, decorrente da perda da capacidade de ganhar numerário suficiente, desvaneceu-se.
Os pesquisadores também observaram um fato surpreendente: o risco de empobrecimento não estava relacionado à severidade das lesões. A decadência financeira era menos freqüente em pacientes criticamente lesados do que nos medianamente afetados.

julio@uol.com.br

RÁDIOS COMUNITÁRIAS TÊM PAPEL EDUCATIVO
A influência das rádios comunitárias na redução dos riscos em saúde de seus ouvintes foi o tema da dissertação de mestrado de Marcellus William Janes, aprovada na Faculdade de Saúde Pública da USP. Ele concluiu que a programação alinhada com os riscos a que as comunidades estão expostas, exerce bom papel educativo.


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