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Brasil já blinda 4.000 carros por ano; mercado está em expansão
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 4.000 carros são
blindados por ano no Brasil, e
esse número cresce na proporção de 4%. A operação custa,
em geral, perto de R$ 50 mil.
Segundo Luiz Henrique Moreschi, gerente comercial da
Armor, líder de mercado, hoje é
comum blindar carros menores. "As pessoas querem ser discretas. Então, blindamos carros 1.6, como Fox, e não apenas
Mercedes ou Land Rover."
Ele conta que cerca de quatro
carros por mês voltam baleados
à empresa: "Esse consumidor
não vai à delegacia, por medo
de se expor. O carro vai direto
para a oficina."
Em seu périplo, a Folha descobriu que a filosofia anti-blindados de Huck pode estar démodé. A empresária Gisele Abrão, 34, garantiu que, para
algumas pessoas, andar acompanhado de seguranças, com
carro blindado, é chique. "Tem
gente que acha que vai ser respeitado se estiver com escolta.
Tipo: "Pô, o cara deve ser importante, cheio de seguranças'", explica ela, em seu segundo blindado, um Touareg.
Gisele diz que a solução para
a violência é "dar mais elementos para a população se desenvolver". "Fico com pena, muitos não têm estudo. Às vezes, é
uma pessoa honesta, mas precisa do dinheiro, então rouba."
Do mesmo jeito que tem pena do pobre que precisa roubar,
Gisele lamenta o desgaste de
seu carro no processo de blindagem. "É um absurdo desmontar carro comprado na
Alemanha, colocar equipamento que o deixa pesado. Dura
menos e você não sabe o que
surge de barulho, dá pena."
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