São Paulo, quinta-feira, 07 de outubro de 2010

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CARMELINDA MICELLI CATANZARO (1911 - 2010)

Ficou na memória dos ex-alunos

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Nos anos 30, quando Carmelinda Micelli Catanzaro começou a dar aulas em Araraquara, no interior paulista, a escola em que foi trabalhar penava com a falta de estrutura. As salas de aulas, por exemplo, eram cômodos alugados nas casas vizinhas.
Com a carreira iniciada aos 22 anos, ela foi do grupo inicial de professores do colégio Antônio Lourenço Corrêa.
Na mesma época, a moça nascida em Araraquara casou-se com Antônio Francisco Catanzaro, um farmacêutico que teve um laboratório de análises na cidade e uma farmácia chamada Minerva.
Por dois anos, chegaram a viver na região de São José do Rio Preto (SP), mas logo voltaram. Antônio largou o negócio para lecionar na Escola de Farmácia e Odontologia de Araraquara, que acabou incorporada pela Unesp.
Aposentada há mais de 40 anos, Carmelinda continuou na memória de seus alunos. Uma ex-aluna costumava telefonar e mandar presentes todos os anos no dia do seu aniversário. Nesta semana, durante seu velório, duas ex-alunas estavam presentes.
Lúcida e ativa até o fim, era leitora voraz, principalmente dos textos de seu conterrâneo Ignácio de Loyola Brandão, escritor que admirava.
Quando os problemas de visão a ameaçaram, fez cirurgia de catarata e voltou a ler.
Três dias antes de ser internada, tinha ido a um aniversário. Estava com 99 anos.
Viúva desde 1996, morreu no domingo, de falência de órgãos. Teve três filhos (duas professoras e um médico) e quatro netos. A missa de sétimo dia será no sábado, às 17h, na igreja Nossa Senhora do Carmo, em Araraquara.

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