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CARMELINDA MICELLI CATANZARO (1911 - 2010)
Ficou na memória dos ex-alunos
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Nos anos 30, quando Carmelinda Micelli Catanzaro
começou a dar aulas em Araraquara, no interior paulista,
a escola em que foi trabalhar
penava com a falta de estrutura. As salas de aulas, por
exemplo, eram cômodos alugados nas casas vizinhas.
Com a carreira iniciada aos
22 anos, ela foi do grupo inicial de professores do colégio
Antônio Lourenço Corrêa.
Na mesma época, a moça
nascida em Araraquara casou-se com Antônio Francisco Catanzaro, um farmacêutico que teve um laboratório
de análises na cidade e uma
farmácia chamada Minerva.
Por dois anos, chegaram a
viver na região de São José do
Rio Preto (SP), mas logo voltaram. Antônio largou o negócio para lecionar na Escola
de Farmácia e Odontologia
de Araraquara, que acabou
incorporada pela Unesp.
Aposentada há mais de 40
anos, Carmelinda continuou
na memória de seus alunos.
Uma ex-aluna costumava telefonar e mandar presentes
todos os anos no dia do seu
aniversário. Nesta semana,
durante seu velório, duas ex-alunas estavam presentes.
Lúcida e ativa até o fim, era
leitora voraz, principalmente
dos textos de seu conterrâneo Ignácio de Loyola Brandão, escritor que admirava.
Quando os problemas de
visão a ameaçaram, fez cirurgia de catarata e voltou a ler.
Três dias antes de ser internada, tinha ido a um aniversário. Estava com 99 anos.
Viúva desde 1996, morreu
no domingo, de falência de
órgãos. Teve três filhos (duas
professoras e um médico) e
quatro netos. A missa de sétimo dia será no sábado, às
17h, na igreja Nossa Senhora
do Carmo, em Araraquara.
coluna.obituario@uol.com.br
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