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Central não é interditada
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOROCABA
A central telefônica clandestina
instalada em Sorocaba (100 km a
oeste de São Paulo) pode estar
funcionando normalmente dois
dias depois de ter sido descoberta
pela Polícia Civil. A central triangulava ligações entre celulares de
todo o Estado de São Paulo e telefones públicos instalados no presídio de Presidente Bernardes.
Segundo a Polícia Civil de Sorocaba, com a soltura, anteontem à
noite, da adolescente A.G.C., 17,
que coordenava a central, e a não-apreensão dos dois telefones instalados na casa dela, a central pode ter voltado a operar.
"A central pode ter voltado a
funcionar no momento em que a
jovem voltou para casa", disse José Augusto de Barros Pupin, delegado da Infância e da Juventude.
A.G.C. foi solta por ser menor
de idade e por não ter cometido
nenhum crime violento ou que
ameaçasse a segurança de terceiros. Os pais da adolescente foram
chamados na delegacia, repreendidos, e a jovem pôde ir para casa.
A apreensão dos aparelhos não
foi realizada, pois depende de
uma ordem judicial que será emitida após a Corregedoria da Polícia Civil encaminhar o pedido de
apreensão feito pela Polícia Civil.
"Há cerca de dois anos, fizemos
um pedido similar que demorou
duas semanas", disse Pupin.
Na casa da adolescente, foram
encontradas contas telefônicas
com mais de 9.000 ligações interurbanas para cidades onde há
presídios, como Campinas (95
km de SP), Hortolândia (105 km
de SP) e Iperó (120 km de SP),
além das ligações para Presidente
Bernardes (589 km de SP).
A Agência Folha teve acesso às
listas de ligações feitas pela central
e confirmou que os dois números
de telefones públicos do presídio
de Presidente Bernardes, além de
outros dois localizados em um estrada de acesso à casa de detenção, aparecem na relação.
A Agência Folha entrou em
contato com a Secretaria da Segurança Pública para saber se, em
casos como esse, a jovem não poderia ser detida ou a central desmantelada antes de uma ordem
judicial, mas não obteve resposta.
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