DA REPORTAGEM LOCAL

No Brasil, há pelo menos 17 pontos de entrada de armas espalhados pelas fronteiras com o Peru, a Bolívia, o Paraguai, a Argentina e o Uruguai. Os locais foram mapeados pela Polícia Federal e são os mesmos pelos quais entram drogas ilícitas, segundo o setor de inteligência da CGPRE (Coordenação Geral de Polícia de Repressão a Entorpecentes).
A polícia acredita que é por um desses pontos que tenham saído armas de uso restrito das Forças Armadas para criminosos em São Paulo, como a metralhadora .30 usada no roubo a um carro-forte anteontem na rodovia Anhanguera, em Araras (169 km de São Paulo).
Para o ministro da Justiça, Tarso Genro, além de reforçar a vigilância nas fronteiras e na região amazônica, as polícias devem descobrir e acabar com os receptores dessas armas.
Em São Paulo, alguns criminosos ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), principalmente aqueles que passam a ter poder aquisitivo alto por conta do tráfico de drogas, também costumam investir dinheiro do crime na aquisição de armas de grande poder destrutivo.
Ao investir até R$ 60 mil (preço médio no mercado clandestino) em uma metralhadora .30 ou até R$ 20 mil em um fuzil, a principal intenção desses criminosos é poder lucrar com o aluguel do armamento para quadrilhas que fazem assaltos como os de anteontem na rodovia Anhanguera.
(AFONSO BENITES e ANDRÉ CARAMANTE)


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