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INFÂNCIA
Preso em motel, religioso nega exploração sexual
Jovem diz à Justiça que mantinha relações com padre havia três anos
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
Um adolescente de 17 anos disse
ontem em depoimento à Justiça
em São Luís (MA) que mantinha
relações sexuais com o padre Félix
Barbosa Carreiro, 43, havia pelo
menos três anos. Segundo o jovem, os encontros com o padre
eram diários e aconteciam em
motéis de luxo da capital.
Carreiro foi flagrado no início
de novembro em um motel com
dois adolescentes, um deles ouvido ontem, e dois jovens maiores
de 18 anos. Ele responde a processo por exploração sexual de adolescente com base no Estatuto da
Criança e do Adolescente.
O padre negou em depoimento
à Justiça, na semana passada, que
tivesse mantido relações sexuais
com adolescentes. Ele afirmou
que era pressionado a ir a motéis e
que tinha prazer em apenas
acompanhar os jovens. Inicialmente, ao ser flagrado pela polícia
em um motel, o padre havia dito
que mantinha relações com os jovens. Depois, ele mudou a versão.
A Folha não conseguiu falar ontem com o advogado Paulo Cruz,
que representa Carreiro.
O depoente disse também que
os encontros chegavam a reunir
até dez jovens.
O juiz José Joaquim Figueiredo
dos Anjos, da 2ª Vara Criminal de
São Luís, começou ontem a ouvir
o depoimento dos 12 adolescentes
apontados no inquérito policial
com vítimas do padre Carreiro.
Outros três adolescentes de 13,
15 e 17 anos foram ouvidos ontem. Um dos adolescentes disse
que, em algumas ocasiões, viu o
padre consumir drogas.
Carreiro acompanhou os depoimentos, mas não pôde se manifestar. Ele estava acompanhado
pelo advogado.
Na próxima sexta, outras quatro
supostas vítimas serão ouvidas.
Carreiro está preso em um quartel
da Polícia Militar em São Luís
desde o dia 9 de novembro.
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