São Paulo, quarta-feira, 07 de dezembro de 2005

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SOB SUSPEITA

São 23 policiais, segundo Promotoria de SP

Agora, secretaria decide que irá investigar delegados sem função

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de afirmar que "não há, na Polícia Civil, delegado sem função", a Secretaria da Segurança Pública decidiu instaurar inquérito para "apurar a conduta" dos 23 delegados suspeitos de, por razões políticas ou pessoais, terem ficado sem função dentro da corporação e, mesmo sem trabalhar, receberem seus salários.
Os delegados, segundo denúncia feita por policiais civis que é investigada pelo Ministério Público, estão na "Nasa" -referência ao programa espacial norte-americano e que, dentro da polícia, designa situações como estas.
A Promotoria da Cidadania vai apurar se houve improbidade administrativa -tanto do comando da Polícia Civil, que supostamente afastou os delegados de suas funções originais -por divergências políticas ou pessoais- como dos próprios delegados.
Há casos, segundo o Ministério Público, de policiais que estão há oito anos sem função.
Isso porque a investigação aponta que, mesmo tendo sido nomeados para trabalhar em certos departamentos da Polícia Civil, os delegados não comparecem para realizar suas funções, permanecendo em casa ou exercendo outras atividades, como dar palestras.
Os 23 delegados que constam da lista investigada pelo Ministério Público são de classe especial, topo da carreira policial, com salários que variam de R$ 5.000 a R$ 7.000. Segundo a denúncia, alguns de seus postos, como direção de departamentos ou o comando de delegacias seccionais, foram ocupados por delegados de classes inferiores, que passaram, por isso, a receber comissões.
Na nota, a secretaria diz que há cargos que não são de competência exclusiva da classe especial, que podem ser exercidos por delegados de primeira classe, "comissionados para tal".


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