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SOB SUSPEITA
São 23 policiais, segundo Promotoria de SP
Agora, secretaria decide que irá investigar delegados sem função
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de afirmar que "não há,
na Polícia Civil, delegado sem
função", a Secretaria da Segurança Pública decidiu instaurar inquérito para "apurar a conduta"
dos 23 delegados suspeitos de, por
razões políticas ou pessoais, terem ficado sem função dentro da
corporação e, mesmo sem trabalhar, receberem seus salários.
Os delegados, segundo denúncia feita por policiais civis que é
investigada pelo Ministério Público, estão na "Nasa" -referência
ao programa espacial norte-americano e que, dentro da polícia,
designa situações como estas.
A Promotoria da Cidadania vai
apurar se houve improbidade administrativa -tanto do comando
da Polícia Civil, que supostamente afastou os delegados de suas
funções originais -por divergências políticas ou pessoais- como
dos próprios delegados.
Há casos, segundo o Ministério
Público, de policiais que estão há
oito anos sem função.
Isso porque a investigação
aponta que, mesmo tendo sido
nomeados para trabalhar em certos departamentos da Polícia Civil, os delegados não comparecem para realizar suas funções,
permanecendo em casa ou exercendo outras atividades, como
dar palestras.
Os 23 delegados que constam da
lista investigada pelo Ministério
Público são de classe especial, topo da carreira policial, com salários que variam de R$ 5.000 a R$
7.000. Segundo a denúncia, alguns de seus postos, como direção de departamentos ou o comando de delegacias seccionais,
foram ocupados por delegados de
classes inferiores, que passaram,
por isso, a receber comissões.
Na nota, a secretaria diz que há
cargos que não são de competência exclusiva da classe especial,
que podem ser exercidos por delegados de primeira classe, "comissionados para tal".
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