São Paulo, quinta-feira, 07 de dezembro de 2006

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Problemas começaram na segunda-feira

LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Além das duas perdas completas de comunicação anteontem de manhã, controladores de Brasília relatam que os problemas (chiados, ecos, apitos, intermitência, "linha cruzada") começaram na segunda e só acabaram ontem, quando teria sido resolvido o problema no sistema que gerencia as freqüências para falar com pilotos.
Já com a paralisação do espaço aéreo, o centro de controle de Brasília recebeu pelo menos dez oficiais e vários técnicos na tarde de terça para revisar todo o sistema. Um dos fatores que mais preocupou os profissionais foi a "instabilidade" do equipamento. Isto é, as telas modificavam automaticamente as freqüências.
Quando a freqüência era oferecida, a qualidade era péssima, e os pilotos não entendiam as instruções. Já o problema de interferência fez com que a fala de um controlador vazasse para outros consoles.
Os problemas atingiram os controles de aproximação e de área -que monitoram o vôo nas proximidades dos aeroportos e depois já em suas aerovias.
Todos os controladores ouvidos disseram que essa pane é muito perigosa, mais ainda que falhas em radar. Citam que os oficiais presentes na sala deram apoio aos controladores na decisão de parar e acionar o "plano de degradação", no qual decolagens são suspensas e vôos aterrissados no local mais próximo. Um major teria quase chorado com pressões de superiores que não estavam presentes, contrários à paralisação.
Ontem, o problema teria acabado, restando administrar os efeitos dos atrasos e cancelamentos.


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