|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para sindicato, decisão é política
DA REPORTAGEM LOCAL
Entidades que representam
médicos e funcionários da rede
estadual da saúde consideram um
retrocesso a decisão do secretário
de Estado da Saúde, Luiz Barradas Barata, de não transferir os
hospitais estaduais para a Prefeitura de São Paulo.
Na opinião de José Erivalder
Guimarães de Oliveira, 50, presidente do Sindicato dos Médicos
de São Paulo, do ponto de vista
técnico, a descentralização é o
melhor modelo para a saúde. "Parece-nos que a decisão é mais política do que técnica", diz.
Segundo Oliveira, o argumento
de Barata de que a prefeitura deve
melhorar a sua rede de saúde para
receber mais unidades hospitalares não tem sentido porque os
hospitais estaduais também têm
problemas. "Há fila de espera de
oito meses para consultas", diz.
Para ele, as dificuldades enfrentadas pela prefeitura não podem
ser usadas para "jogar no lixo" o
processo de descentralização.
A presidente do SindSaúde (sindicato dos trabalhadores estaduais da saúde), Sônia Takeda, 46,
considera "lamentável" a atitude
do secretário Barata e defende
que a questão seja discutida com
todas as entidades ligadas ao Conselho Estadual da Saúde.
Para Regina Parisi, presidente
do Cremesp (Conselho Regional
de Medicina do Estado de São
Paulo), a municipalização de alguns hospitais estaduais, especialmente do HC, deve ser discutida
separadamente porque são unidades de referência nacional.
"Há um consenso de que a municipalização favorece o controle
e o acesso da sociedade aos serviços de saúde. A premissa da descentralização deve ser mantida."
(CLÁUDIA COLLUCCI)
Texto Anterior: Saúde: Diretores barram integração das redes Próximo Texto: Comissão irá analisar pedido da prefeitura Índice
|