São Paulo, quarta-feira, 08 de janeiro de 2003

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Para sindicato, decisão é política

DA REPORTAGEM LOCAL

Entidades que representam médicos e funcionários da rede estadual da saúde consideram um retrocesso a decisão do secretário de Estado da Saúde, Luiz Barradas Barata, de não transferir os hospitais estaduais para a Prefeitura de São Paulo.
Na opinião de José Erivalder Guimarães de Oliveira, 50, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, do ponto de vista técnico, a descentralização é o melhor modelo para a saúde. "Parece-nos que a decisão é mais política do que técnica", diz.
Segundo Oliveira, o argumento de Barata de que a prefeitura deve melhorar a sua rede de saúde para receber mais unidades hospitalares não tem sentido porque os hospitais estaduais também têm problemas. "Há fila de espera de oito meses para consultas", diz.
Para ele, as dificuldades enfrentadas pela prefeitura não podem ser usadas para "jogar no lixo" o processo de descentralização.
A presidente do SindSaúde (sindicato dos trabalhadores estaduais da saúde), Sônia Takeda, 46, considera "lamentável" a atitude do secretário Barata e defende que a questão seja discutida com todas as entidades ligadas ao Conselho Estadual da Saúde.
Para Regina Parisi, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), a municipalização de alguns hospitais estaduais, especialmente do HC, deve ser discutida separadamente porque são unidades de referência nacional.
"Há um consenso de que a municipalização favorece o controle e o acesso da sociedade aos serviços de saúde. A premissa da descentralização deve ser mantida."
(CLÁUDIA COLLUCCI)


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