São Paulo, quinta-feira, 08 de janeiro de 2004

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Cadastro não indicava condenação anterior

DA AGÊNCIA FOLHA

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Em novembro, Adriano da Silva chegou a ser detido, suspeito pelo desaparecimento de Leonardo Dornelles dos Santos, 8. Na ocasião, a polícia não encontrou provas para a prisão dele. A possível ossada do garoto foi localizada em dezembro.
Mesmo tendo sido condenado em 2001 a 27 anos de prisão por latrocínio no Paraná, essa informação não estava disponível no Cadastro Nacional de Segurança Pública. Silva é acusado de ter matado e roubado a carteira de um taxista em União da Vitória.
A Secretaria da Segurança do Paraná disse que as informações sobre condenados no Estado não estavam sendo colocadas no sistema nacional porque o Estado estava criando um arquivo próprio.
A assessoria do Ministério da Justiça informou que existe uma cláusula nos contratos de convênios com os Estados que exige a atualização do sistema.
Se em 90 dias o Paraná não atualizar os dados, o Estado pode não receber os R$ 6,8 milhões a que tem direito para a segurança.

Rotina em Sananduva
Durante dois meses, Silva morou em Sananduva numa casa emprestada por uma amiga.
"Ele ficava horas sentado vendo os meninos jogarem videogame. Quase não falava nada a seu respeito. Apenas dizia que havia fugido do Exército", disse Jair Nervo, proprietário de um fliperama.
Silva usava a carteira de trabalho do irmão para esconder a identidade. Estava no Rio Grande do Sul havia cerca de dois anos.
Na delegacia, ao conversar pelo telefone com a mãe, disse que "a casa havia caído" e pediu bênção.


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