São Paulo, segunda-feira, 08 de janeiro de 2007

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Jovem atribui não-pagamento a desemprego

ESTÊVÃO BERTONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Perda de emprego, salários insuficientes e impossibilidade de ajuda dos pais são, para alguns estudantes, as principais causas da inadimplência.
Eduardo de Camargo Ribeiro, 23, parou de pagar as mensalidades do curso de rádio e TV na Faculdade Cásper Líbero quando perdeu o estágio que fazia. "Minha mãe me ajudava, mas nem sempre podia manter essa ajuda."
Já o técnico de informática André Calado, 23, trancou o curso de informática na UniABC por não conseguir quitar uma dívida de R$ 1.500. "Segui todas as normas da faculdade para negociar, mas não consigo pagar a dívida da forma como eles pedem."
O contador Roberto Inaoka, 37, formado em 2000 pela PUC-SP tem, ainda hoje, uma dívida de R$ 16.950 com a instituição. "Vou pagar essa conta até 2009. É como se eu tivesse financiado um carro", diz. Em 1995, ele conseguiu uma bolsa que lhe dava um desconto de 60%.
O combinado era que, depois de um ano de formado, ele começasse a devolver à PUC o valor descontado no tempo de estudo. Sem poder contar com os pais, que haviam morrido, ele só fechou um acordo no final de 2006.


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