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Jovem atribui não-pagamento a desemprego
ESTÊVÃO BERTONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Perda de emprego, salários insuficientes e impossibilidade de ajuda dos
pais são, para alguns estudantes, as principais causas da inadimplência.
Eduardo de Camargo
Ribeiro, 23, parou de pagar
as mensalidades do curso
de rádio e TV na Faculdade Cásper Líbero quando
perdeu o estágio que fazia.
"Minha mãe me ajudava,
mas nem sempre podia
manter essa ajuda."
Já o técnico de informática André Calado, 23,
trancou o curso de informática na UniABC por não
conseguir quitar uma dívida de R$ 1.500. "Segui todas as normas da faculdade para negociar, mas não
consigo pagar a dívida da
forma como eles pedem."
O contador Roberto
Inaoka, 37, formado em
2000 pela PUC-SP tem,
ainda hoje, uma dívida de
R$ 16.950 com a instituição. "Vou pagar essa conta
até 2009. É como se eu tivesse financiado um carro", diz. Em 1995, ele conseguiu uma bolsa que lhe
dava um desconto de 60%.
O combinado era que,
depois de um ano de formado, ele começasse a devolver à PUC o valor descontado no tempo de estudo. Sem poder contar com
os pais, que haviam morrido, ele só fechou um acordo no final de 2006.
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