São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2004

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Lixo também prejudica escoamento

DA REPORTAGEM LOCAL

A cada final de semana, os funcionários da prefeitura retiram 60 toneladas de lixo das marginais Tietê e Pinheiros e de grandes avenidas, como Rebouças e 23 de Maio. Do leito do rio Tietê, em quase dois anos, foram retirados 11 mil toneladas de lixo, além de pneus, camas, armários, cadeiras, brinquedos e todo tipo de objeto que se possa imaginar.
Todo esse material, depositado pela população nas ruas e calçadas, acaba prejudicando o escoamento das águas em dias de chuva. "O cigarro que alguém joga no chão da avenida Paulista vai, uma hora, chegar ao rio, seja por meio das galerias subterrâneas ou com as enxurradas. É importante a colaboração da população", explica o engenheiro Ricardo Borsari, superintendente do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), do governo do Estado.
Borsari afirma que a melhor contribuição da sociedade na prevenção de inundações ainda é a limpeza das ruas, evitando jogar lixo e entulho nos córregos e rios.
Dentre as medidas não-estruturais para combater as enchentes, a educação merece destaque, explica a geógrafa Vanderli Custódio. "Não é apenas informar ou adestrar a população, mas educar. É importante saber por que as campanhas que têm sido feitas para as pessoas não jogarem lixo nas ruas e nos córregos não têm surtido efeito. É necessária uma ação conjunta para compreender como a população mais carente entende o espaço urbano", diz.



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