São Paulo, domingo, 08 de fevereiro de 2004

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Parceria entre gestões do PT e do PSDB funciona

DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo menos na prevenção às enchentes a prefeita Marta Suplicy (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) firmaram uma parceria e estão se entendendo. O trabalho conjunto, para a construção de piscinões, é apontado por especialistas do setor como um fator positivo na gestão dos recursos hídricos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Infra-Estrutura Urbana, seriam necessários 43 piscinões para minimizar os efeitos das chuvas de verão.
Atualmente, a cidade possui 14 -sete deles construídos na atual administração. Outros três foram finalizados graças à parceria com o governo do Estado.
"Estamos firmando parcerias com as cidades da região metropolitana para construir piscinões. Tentando implantar uma visão metropolitana na questão das águas, segundo o diagnóstico do Plano de Macrodrenagem da bacia do Alto Tietê", afirmou o secretário Estadual de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce.
Desde 1999, nos municípios da Grande São Paulo, foram investidos pelo governo do Estado R$ 115 milhões na construção de 15 piscinões. Outros R$ 37 milhões estão sendo investidos na construção de mais cinco.
Os valores são referentes aos custos das obras, uma vez que, pela parceria, o terreno e a manutenção do piscinão ficam sob responsabilidade das prefeituras.
O secretário ressalta também o andamento das obras de rebaixamento e alargamento da calha do rio Tietê, estimadas em R$ 688 milhões -75% provenientes do JBIC (Japan Bank International Cooperation) e o restante pago pelo governo do Estado.
"Estão sendo feitos investimentos importantes, tanto da parte da prefeitura quanto da do Estado. As obras de drenagem são muito caras e o poder público está fazendo. A parceria entre as prefeituras e o Estado é positiva", afirma o engenheiro Mario Thadeu Leme de Barros, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da Poli/USP.
O engenheiro ressalta, porém, que as obras de drenagem não vão acabar com o problema, apenas minimizar os efeitos das inundações. "Isso é preciso deixar claro, elas são necessárias e deverão ser feitas pelas futuras administrações continuamente, mas não vão evitar que aconteçam novas inundações", afirma Leme de Barros.



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