SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

O comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina, Paulo Conceição Caminha, foi afastado temporariamente do cargo na última quinta-feira, após a divulgação de que o Ministério Público do Estado investiga uma possível obstrução de Caminha a uma diligência autorizada pela Justiça em uma casa noturna, em Joinville (SC), em novembro passado.
Caminha estava no local durante a inspeção de uma força-tarefa, com integrantes da Polícia Militar e comissários de menores, que investigava a presença de adolescentes na boate.
Anteontem, o secretário da Segurança Pública e Defesa do Cidadão do Estado, João Henrique Blasi, disse que Caminha foi afastado do cargo por 30 dias até a conclusão da sindicância interna aberta para apurar o caso.
Caminha assumiu publicamente que estava presente em uma "festa na cidade de Joinville", segundo nota divulgada pela secretaria. Em entrevista coletiva, Blasi negou que também estivesse presente à "festa" e, sem citar nomes, disse que irá interpelar judicialmente os responsáveis pela divulgação desta informação.
"Conversei com dois advogados e estamos reunindo documentos para ingressar com as devidas ações judiciais", disse Blasi.
O secretário, que é pré-candidato à Prefeitura de Florianópolis pelo PMDB, disse que as denúncias fazem parte de uma armação política para desestabilizá-lo.
O atual chefe da Casa Militar do governo catarinense, coronel Anílson Nelson da Silva, assumiu interinamente o comando da PM.



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