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ERIVAN ALVES DE ALMEIDA (1945-2010)
O alagoano Zinho, mestre do forró pé de serra
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Para Luiz Gonzaga, o maior
cantor vivo de forró era mestre Zinho, opinião que enchia
Erivan Alves de Almeida de
orgulho. Vinda do Rei do
Baião, a afirmação ficava difícil de ser contestada.
É que Erivan e mestre Zinho eram a mesma pessoa.
Natural de Rio Largo (AL), teve contato com a música desde pequeno. Seu avô era mestre Bruno, tocador de sanfona.
Nos anos 1980, após um
tempo como pintor e montador de móveis, Erivan deu início à carreira no grupo Os 3 do
Nordeste. O apelido, Zinho,
foi dado por Luiz Gonzaga.
Ele gravou com o trio sete LPs
e, no fim daquela década, partiu para a carreira solo.
No ano de 1988, lançou o
disco "Murro Em Ponta de
Faca", com participação de
Dominguinhos e do próprio
Gonzaga. Chegou também a
participar de um álbum de Elba Ramalho.
A bandeira que carregou
até os últimos anos, como dizia, era a do forró pé de serra.
O filho Márcio conta que Zinho gostava dos novos artistas do gênero. Para ele, o forró
universitário era uma continuação do gênero de raiz.
Há alguns anos, ao dar início a uma série de shows no
Nordeste, sofreu um infarto e
teve paralisia facial. No fim de
2008, casou-se pela segunda
vez, ao som das sanfonas.
Morava no Rio e tratava de
um câncer. Morreu no domingo (31), aos 65, após ser
internado com um nódulo na
garganta. Teve cinco filhos e
quatro netos.
coluna.obituario@uol.com.br
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