São Paulo, segunda-feira, 08 de fevereiro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ERIVAN ALVES DE ALMEIDA (1945-2010)

O alagoano Zinho, mestre do forró pé de serra

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Para Luiz Gonzaga, o maior cantor vivo de forró era mestre Zinho, opinião que enchia Erivan Alves de Almeida de orgulho. Vinda do Rei do Baião, a afirmação ficava difícil de ser contestada.
É que Erivan e mestre Zinho eram a mesma pessoa. Natural de Rio Largo (AL), teve contato com a música desde pequeno. Seu avô era mestre Bruno, tocador de sanfona.
Nos anos 1980, após um tempo como pintor e montador de móveis, Erivan deu início à carreira no grupo Os 3 do Nordeste. O apelido, Zinho, foi dado por Luiz Gonzaga.
Ele gravou com o trio sete LPs e, no fim daquela década, partiu para a carreira solo.
No ano de 1988, lançou o disco "Murro Em Ponta de Faca", com participação de Dominguinhos e do próprio Gonzaga. Chegou também a participar de um álbum de Elba Ramalho.
A bandeira que carregou até os últimos anos, como dizia, era a do forró pé de serra.
O filho Márcio conta que Zinho gostava dos novos artistas do gênero. Para ele, o forró universitário era uma continuação do gênero de raiz.
Há alguns anos, ao dar início a uma série de shows no Nordeste, sofreu um infarto e teve paralisia facial. No fim de 2008, casou-se pela segunda vez, ao som das sanfonas.
Morava no Rio e tratava de um câncer. Morreu no domingo (31), aos 65, após ser internado com um nódulo na garganta. Teve cinco filhos e quatro netos.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Tradição x Inovação
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.