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POLÍCIA
Escrivão é preso após matar preso
VÂNIA CARVALHO
da Folha Ribeirão
O escrivão Sérgio Manini foi
preso anteontem à noite após invadir uma delegacia e matar um
homem acusado de assassinar um
delegado em Américo Brasiliense
(285 km de São Paulo).
Antônio Gonçalves Batista foi
morto com seis tiros dentro da
DIG (Delegacia de Investigações
Gerais) de Araraquara (282 km de
São Paulo) após ser detido. Ele era
acusado de ter assassinado o delegado Wilson Batista Reinato durante um assalto a uma distribuidora de alimentos.
Depois de invadir a delegacia e
atirar em Batista, Manini se entregou. Ele foi transferido para a prisão da Polícia Civil, em São Paulo.
O escrivão era amigo do delegado.
Manini invadiu a sala da DIG
quando o acusado estava prestando depoimento. Segundo a polícia, ele acertou seis tiros em Batista, na frente de dois investigadores e do delegado da DIG, Luiz Armando Góes Ferreira Filho.
O crime ocorreu por volta das
21h30. Manini passou a noite detido na DIG e, às 4h de ontem, foi
encaminhado para São Paulo. O
delegado foi morto às 19h30.
A Maca Frios fica na mesma rua
onde residia o delegado, a uma
quadra da sua casa. Ele foi avisado
por um vizinho que homens armados haviam invadido o local e
tentou impedir o roubo.
Reinato ligou para a delegacia e
pediu para que os policiais se dirigissem ao local. O delegado não
esperou os reforços e, armado,
tentou abordar os assaltantes que
estavam dentro da distribuidora.
Os três homens que assaltavam
o estabelecimento contavam com
a cobertura de mais duas pessoas,
que estavam do lado de fora.
Logo após o delegado ter sido
baleado, dois carros da Polícia
Militar chegaram e houve tiroteio.
Dois assaltantes fugiram num
Cordoba vermelho e os outros seguiram a pé.
As Polícias Civil e Militar começaram a procurar os assaltantes.
Batista foi preso no bairro de Vila
Cerqueira, a algumas quadras da
distribuidora Maca Frios.
Segundo a polícia, ele tentou invadir uma casa e sua intenção era
fazer uma família de refém para
evitar a prisão, mas perdeu a arma
ao pular o muro.
Na delegacia de Américo Brasiliense, Batista se identificou com o
nome falso de José Ferreira da Silva. A polícia resolveu transferir
Batista de Américo Brasiliense
para Araraquara para evitar um
linchamento do acusado.
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