São Paulo, quarta-feira, 08 de março de 2000


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POLÍCIA

Escrivão é preso após matar preso

VÂNIA CARVALHO
da Folha Ribeirão

O escrivão Sérgio Manini foi preso anteontem à noite após invadir uma delegacia e matar um homem acusado de assassinar um delegado em Américo Brasiliense (285 km de São Paulo).
Antônio Gonçalves Batista foi morto com seis tiros dentro da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara (282 km de São Paulo) após ser detido. Ele era acusado de ter assassinado o delegado Wilson Batista Reinato durante um assalto a uma distribuidora de alimentos.
Depois de invadir a delegacia e atirar em Batista, Manini se entregou. Ele foi transferido para a prisão da Polícia Civil, em São Paulo. O escrivão era amigo do delegado.
Manini invadiu a sala da DIG quando o acusado estava prestando depoimento. Segundo a polícia, ele acertou seis tiros em Batista, na frente de dois investigadores e do delegado da DIG, Luiz Armando Góes Ferreira Filho.
O crime ocorreu por volta das 21h30. Manini passou a noite detido na DIG e, às 4h de ontem, foi encaminhado para São Paulo. O delegado foi morto às 19h30.
A Maca Frios fica na mesma rua onde residia o delegado, a uma quadra da sua casa. Ele foi avisado por um vizinho que homens armados haviam invadido o local e tentou impedir o roubo.
Reinato ligou para a delegacia e pediu para que os policiais se dirigissem ao local. O delegado não esperou os reforços e, armado, tentou abordar os assaltantes que estavam dentro da distribuidora.
Os três homens que assaltavam o estabelecimento contavam com a cobertura de mais duas pessoas, que estavam do lado de fora.
Logo após o delegado ter sido baleado, dois carros da Polícia Militar chegaram e houve tiroteio. Dois assaltantes fugiram num Cordoba vermelho e os outros seguiram a pé.
As Polícias Civil e Militar começaram a procurar os assaltantes. Batista foi preso no bairro de Vila Cerqueira, a algumas quadras da distribuidora Maca Frios.
Segundo a polícia, ele tentou invadir uma casa e sua intenção era fazer uma família de refém para evitar a prisão, mas perdeu a arma ao pular o muro.
Na delegacia de Américo Brasiliense, Batista se identificou com o nome falso de José Ferreira da Silva. A polícia resolveu transferir Batista de Américo Brasiliense para Araraquara para evitar um linchamento do acusado.


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