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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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Desvio de armas é menor, diz militar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O desvio de armas consideradas de uso restrito ou exclusivo das Forças Armadas atinge menos as unidades do Exército do que fazem supor os relatos.
Em 2002, por exemplo, apenas três pistolas de 9 mm foram furtadas ou roubadas na área do Comando Militar do Leste, que compreende o Rio de Janeiro. No país todo, foram dez pistolas deste tipo, três fuzis, uma pistola 380, um revólver 38 e uma metralhadora de 9 mm extraviadas no ano passado. Neste ano, até agora houve o furto de uma pistola 9 mm na área do Comando Militar do Sul.
Os números contrastam com as apreensões policiais e o noticiário, que citam as tais ""armas restritas". Segundo o Comando do Exército, a maioria dos casos deve-se a contrabando.
A lei estabelece diversas variáveis para determinar qual arma ou munição é de uso restrito. Por exemplo, são armas de fogo de cano curto cuja munição tenha, no disparo, alta energia -como é o caso da Magnum 357. São vedados também fuzis de longo alcance. Entre as exceções, há rifles de caça registrados em clubes de tiro.
O general Augusto Heleno Pereira, chefe da comunicação do Exército, diz que nem todas as armas apresentadas como exclusivas das Forças Armadas são usadas pelos militares brasileiros.
No caso do roubo e furto de munições, em 2002 houve um caso grande no Rio, com 1.021 cartuchos de 7,62 mm extraviados. O número era superior ao total de 2001 (128 cartuchos). Neste ano, já foram roubados ou furtados 795 cartuchos, do Comando Militar da Amazônia.


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