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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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LEGISLATIVO

Decisão foi publicada ontem no "Diário Oficial"; emenda reservou R$ 1,9 milhão do Orçamento para esse fim

Vereadores de SP receberão carros novos

JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Carros sedã, bicombustível (gás e gasolina/álcool), com chaveador automático de mudança de combustível, motor com potência mínima 1.8, quatro portas, direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico e garantia de fábrica.
Esses serão os novos carros oficiais dos vereadores de São Paulo. Hoje, os parlamentares têm direito a modelos Voyage 92 e Opala, fabricados entre 1988 e 1990.
A decisão de trocar a frota foi publicada no "Diário Oficial" do município de ontem, embora os vereadores já tenham sinalizado desde o final do ano passado que pretendiam trocar os carros oficiais a que têm direito.
Na época, uma emenda apresentada por um dos vereadores garantiu R$ 1,9 milhão do Orçamento de R$ 212 milhões deste ano para o gasto.

Carro extra
Agora, com a decisão publicada ontem, uma licitação terá de ser lançada para os veículos serem comprados. O critério de julgamento será o de menor preço.
Pelas exigências publicadas ontem pela Mesa Diretora da Câmara, a empresa que for declarada vencedora da disputa terá 30 dias para entregar os novos veículos.
No total, os cofres públicos vão bancar a compra de 60 veículos, apesar de o Legislativo paulistano ter 55 vereadores.
Os carros extras ficarão como reserva, no caso de um dos vereadores ter problema com o veículo que receberá, e poderão ser usados para serviços administrativos.
Se a Câmara de São Paulo decidir usar toda a verba que reservou em seu Orçamento para este ano, poderá comprar cada veículo por cerca de R$ 31,6 mil.
"Acho que o vereador tem que ter um instrumento de trabalho adequado para desempenhar bem o seu mandato", disse ontem o presidente da Câmara, Arselino Tatto (PT), sobre a decisão de trocar a frota oficial.
"É tudo um lixo. É o maior perigo. Vereador já bateu o carro e teve de empurrar para pegar. É uma loucura", disse ele sobre a frota atual de veículos dos vereadores, que ainda têm direito à gasolina e à manutenção dos veículos.
Segundo Tatto, a frota antiga -de 65 veículos- deverá ser vendida, se a Legislação permitir. Caso isso não seja possível, serão transferidos para a prefeitura.


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