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São Paulo, sábado, 08 de março de 2003

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BAHIA

Jovens do DF acusados por bomba são soltos

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Os sete jovens acusados de utilizar bombas de fabricação caseira para incendiar um apartamento de uma pousada em Nova Viçosa (BA) foram libertados ontem.
Os menores D.B.S., 17, e D.B.M., 15, ambos matriculados no ensino médio em Taguatinga (DF), foram soltos durante a madrugada. Os outros cinco adolescentes, todos universitários, ganharam a liberdade no início da noite.
Depois de passarem quase 24 horas detidos, na manhã de ontem os dois menores seguiram de ônibus para Taguatinga.
Em depoimento, os sete amigos teriam confessado que fabricaram artesanalmente duas bombas caseiras.
Acompanhados dos menores, Fernando Henrique Rocha, 19 (matriculado em faculdade de direito), Fabiano Henrique dos Santos, 19 (direito), Rodrigo Fernando Santos, 19 (relações internacionais), Allan Guilherme de Brito Mota, 18 (direito), e Rafael Seiça, 18 (veterinária), chegaram a Nova Viçosa no dia 27.
Na quarta-feira, quando se preparavam para deixar a Pousada Brasília, os estudantes amarraram um pavio de barbante e utilizaram uma ponta de cigarro para provocar o incêndio.
Todos foram detidos quando se encontravam dentro do ônibus que os levaria de volta para Taguatinga.
O incêndio, que causou ferimentos leves no proprietário da pousada, Gérson de Souza, destruiu duas camas, dois colchões, frigobar, aparelho de televisão, ventilador, um guarda-roupa e parte do telhado.

Queixa retirada
Souza retirou ontem a queixa contra os estudantes. "Não fui pressionado por ninguém. Até colocarem fogo no apartamento, todos tiveram um comportamento exemplar durante os dias em que ficaram hospedados."
O delegado José Geraldo Gomes disse que, mesmo com a retirada da queixa pelo dono da pousada, o inquérito aberto para apurar os responsáveis pelo incêndio vai seguir os trâmites normais.
Os universitários foram soltos porque, segundo o delegado, eram réus primários e não tinham antecedentes criminais. Eles irão responder, em liberdade, por crime de incêndio, cuja pena varia de três a seis anos.


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