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BAHIA
Jovens do DF acusados por bomba são soltos
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
Os sete jovens acusados de utilizar bombas de fabricação caseira
para incendiar um apartamento
de uma pousada em Nova Viçosa
(BA) foram libertados ontem.
Os menores D.B.S., 17, e D.B.M.,
15, ambos matriculados no ensino médio em Taguatinga (DF),
foram soltos durante a madrugada. Os outros cinco adolescentes,
todos universitários, ganharam a
liberdade no início da noite.
Depois de passarem quase 24
horas detidos, na manhã de ontem os dois menores seguiram de
ônibus para Taguatinga.
Em depoimento, os sete amigos
teriam confessado que fabricaram artesanalmente duas bombas
caseiras.
Acompanhados dos menores,
Fernando Henrique Rocha, 19
(matriculado em faculdade de direito), Fabiano Henrique dos Santos, 19 (direito), Rodrigo Fernando Santos, 19 (relações internacionais), Allan Guilherme de Brito Mota, 18 (direito), e Rafael Seiça, 18 (veterinária), chegaram a
Nova Viçosa no dia 27.
Na quarta-feira, quando se preparavam para deixar a Pousada
Brasília, os estudantes amarraram um pavio de barbante e utilizaram uma ponta de cigarro para
provocar o incêndio.
Todos foram detidos quando se
encontravam dentro do ônibus
que os levaria de volta para Taguatinga.
O incêndio, que causou ferimentos leves no proprietário da
pousada, Gérson de Souza, destruiu duas camas, dois colchões,
frigobar, aparelho de televisão,
ventilador, um guarda-roupa e
parte do telhado.
Queixa retirada
Souza retirou ontem a queixa
contra os estudantes. "Não fui
pressionado por ninguém. Até
colocarem fogo no apartamento,
todos tiveram um comportamento exemplar durante os dias em
que ficaram hospedados."
O delegado José Geraldo Gomes
disse que, mesmo com a retirada
da queixa pelo dono da pousada,
o inquérito aberto para apurar os
responsáveis pelo incêndio vai seguir os trâmites normais.
Os universitários foram soltos
porque, segundo o delegado,
eram réus primários e não tinham
antecedentes criminais. Eles irão
responder, em liberdade, por crime de incêndio, cuja pena varia
de três a seis anos.
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