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TRANSPORTES
Licitação de perueiros é suspensa
DO "AGORA"
A licitação que regulamentará o
trabalho de 4.984 perueiros está
suspensa. O juiz Edson Ferreira
da Silva, da 13ª Vara da Fazenda
Pública de São Paulo, acolheu na
última quarta-feira um mandado
de segurança do perueiro Adeilton Enes de Macedo e determinou
a anulação da licitação.
Como Macedo, o juiz entendeu
que os perueiros têm o direito de
participar da licitação sem estarem atrelados a cooperativas. As
regras da concorrência, porém,
restringem a participação na licitação -que inclui perueiros e
ônibus bairro a bairro- a motoristas cooperativados.
O perueiro argumentou que a licitação afronta o artigo 44 da Lei
13.241/01, que regulamenta as lotações e os ônibus bairro a bairro.
O artigo diz que pessoas físicas
podem atuar no sistema "organizadas ou não em cooperativas".
Macedo integra a Assesp (Associação dos Transportadores em
Autolotação do Estado de São
Paulo).
Na mesma quarta-feira, outros
três pedidos foram deferidos pelo
mesmo juiz e também suspendem o processo licitatório. Além
desses, outros sete perueiros obtiveram na Justiça decisões que emperram o processo licitatório.
Quatro deles conseguiram permissão para participar individualmente da licitação, conforme
despachos do juiz Olavo Sá Pereira da Silva, também da 13ª Vara.
Segundo o diretor da Assesp,
Leonilson Pereira da Silva, 400 autônomos entraram com mandados de segurança para que pudessem concorrer individualmente.
Estrangeiros
Perueiros disseram anteontem,
na abertura dos envelopes da licitação, que foram feitos acordos
entre as cooperativas de lotação e
as de ônibus bairro a bairro para
que os atuais operadores das linhas continuem. "Não vamos
aceitar estrangeiros", disse o perueiro Haroldo Mariano.
A licitação atraiu somente dois
"estranhos no ninho" -um de
Goiânia e outro de Guarulhos. Para as oito áreas nas quais será dividida a cidade, nove consórcios de
cooperativas apresentaram propostas. Sete são formados por perueiros que já operam na cidade.
Atualmente, há cerca de 6.000
perueiros autorizados na cidade.
Caberá às cooperativas apontar
quem poderá trabalhar. O edital
não exige, por exemplo, atestado
de antecedente criminal para o
motorista das vans e miniônibus.
Oficial
A Secretaria Municipal dos
Transportes informou por intermédio de sua assessoria de imprensa que só se pronunciará sobre as decisões quando for notificada oficialmente. Assim que isso
ocorrer, a licitação será formalmente suspensa.
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