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PAULÍNIA
Limpeza de tanques pode ter afetado água e solo
Distribuidoras são investigadas por suspeita de contaminação
DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS
MÁRIO ROSSIT
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA CAMPINAS
A suspeita de contaminação do
solo e da água subterrânea de dois
bairros de Paulínia (SP) levou Ministério Público e Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) a investigarem 25
das 34 distribuidoras de combustível que operam na cidade.
Por meio de um inquérito civil
público, a Promotoria apura uma
suposta contaminação por borras
oleosas geradas na limpeza dos
tanques, em uma área de aproximadamente 400 mil m2, nos bairros Planalto e Cascata, onde fica a
Replan (Refinaria de Paulínia), a
maior refinaria do Brasil -que
produz uma média de 400 mil
barris de combustíveis por dia.
Segundo a Cetesb, o processo de
limpeza dos tanques em Paulínia
é o mesmo da Shell Brasil S.A. na
Vila Carioca, em São Paulo, onde
foi comprovada a contaminação.
A borra oleosa de petróleo é formada por hidrocarbonetos e metais pesados, principalmente o
chumbo. O produto é potencialmente cancerígeno, diz Carlos
Bocuhy, ambientalista do Conselho Estadual de Meio Ambiente.
O Ministério Público determinou que todas as empresas que
atuam na área elaborem um estudo do solo e da água subterrânea.
A Cetesb analisará os estudos.
A agência ambiental paulista
determinou que algumas empresas consideradas de maior porte
entreguem os estudos até segunda. Essas empresas estão em Paulínia desde a década de 70 e devem atualizar na Cetesb seus relatórios, segundo o órgão.
A investigação começou após
denúncia do Sipetrol (sindicato
dos trabalhadores do setor).
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