São Paulo, domingo, 08 de abril de 2007

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Ifatca não tem autoridade para vistorias, diz FAB

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Comando da Aeronáutica não quis comentar os problemas apontados no relatório da Ifatca, mas afirmou que a entidade não tem autoridade ou competência para realizar relatórios ou vistorias de sistemas de controle aéreo.
"O único órgão com autoridade e competência técnica para inspecionar e sugerir melhorias ao Sisceab (Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) é a OACI (Organização da Aviação Civil Internacional) e já está agendada uma auditoria no país em 2008", informou o Cecomsaer (Centro de Comunicação Social do Comando da Aeronáutica).
"A equipe da Ifatca era formada por psicólogos e esteve no Cindacta-1, com a concordância da FAB, com o objetivo de prestar auxílio aos controladores envolvidos no acidente do vôo 1907 da Gol."
Segundo a Folha apurou, havia técnicos na equipe de três membros da Ifatca que estiveram em Brasília.
O documento que a entidade elaborou aponta falta de preparo dos controladores de vôo e baixo nível de segurança no sistema de tráfego aéreo do país. Os membros da Ifatca observaram os trabalhos e os equipamentos usados, e o resultado foi considerado "assustador".
Foram apontados problemas como inexperiência e falta de treinamento dos controladores de vôo. Também foi constatado que os equipamentos são obsoletos e falta suporte adequado.
Apesar de recusar comentários específicos, nos últimos meses ocorreram algumas mudanças relacionadas às deficiências que estão listadas no relatório da Ifatca, sediada em Montréal (Canadá).
Entre as medidas pós-acidente da Gol, a FAB já aumentou o número de vagas nos cursos de formação de sargentos controladores e remanejou pessoal para completar escalas desfalcadas.
Técnicos também estariam fazendo os ajustes finais para permitir a visualização por radar no Cindacta-1 da "zona cega" no sul da Amazônia.
A Aeronáutica também já tem planos para "redesenhar" as fronteiras do espaço aéreo controlado por cada Cindacta, a fim de descarregar o centro de Brasília.
Os controladores também estão matriculados em cursos intensivos de inglês para melhorar a fluência no idioma.
E também já foi comprado outro equipamento de gerenciamento de freqüências de rádio, que foi enviado para Campo Grande. O que estava lá será o novo "backup" em Brasília. (LS)


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