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Ifatca não tem autoridade para vistorias, diz FAB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Comando da Aeronáutica
não quis comentar os problemas apontados no relatório da
Ifatca, mas afirmou que a entidade não tem autoridade ou
competência para realizar relatórios ou vistorias de sistemas
de controle aéreo.
"O único órgão com autoridade e competência técnica para inspecionar e sugerir melhorias ao Sisceab (Sistema de
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro) é a OACI (Organização
da Aviação Civil Internacional)
e já está agendada uma auditoria no país em 2008", informou
o Cecomsaer (Centro de Comunicação Social do Comando
da Aeronáutica).
"A equipe da Ifatca era formada por psicólogos e esteve
no Cindacta-1, com a concordância da FAB, com o objetivo
de prestar auxílio aos controladores envolvidos no acidente
do vôo 1907 da Gol."
Segundo a Folha apurou, havia técnicos na equipe de três
membros da Ifatca que estiveram em Brasília.
O documento que a entidade
elaborou aponta falta de preparo dos controladores de vôo e
baixo nível de segurança no sistema de tráfego aéreo do país.
Os membros da Ifatca observaram os trabalhos e os equipamentos usados, e o resultado
foi considerado "assustador".
Foram apontados problemas
como inexperiência e falta de
treinamento dos controladores
de vôo. Também foi constatado
que os equipamentos são obsoletos e falta suporte adequado.
Apesar de recusar comentários específicos, nos últimos
meses ocorreram algumas mudanças relacionadas às deficiências que estão listadas no
relatório da Ifatca, sediada em
Montréal (Canadá).
Entre as medidas pós-acidente da Gol, a FAB já aumentou o número de vagas nos cursos de formação de sargentos
controladores e remanejou
pessoal para completar escalas
desfalcadas.
Técnicos também estariam
fazendo os ajustes finais para
permitir a visualização por radar no Cindacta-1 da "zona cega" no sul da Amazônia.
A Aeronáutica também já
tem planos para "redesenhar"
as fronteiras do espaço aéreo
controlado por cada Cindacta,
a fim de descarregar o centro
de Brasília.
Os controladores também
estão matriculados em cursos
intensivos de inglês para melhorar a fluência no idioma.
E também já foi comprado
outro equipamento de gerenciamento de freqüências de rádio, que foi enviado para Campo Grande. O que estava lá será
o novo "backup" em Brasília.
(LS)
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