São Paulo, quarta-feira, 08 de abril de 2009

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Dirigente da PUC fala em "retrocesso"

DA AGÊNCIA FOLHA

Para a psicopedagoga Neide Noffs, diretora da Faculdade de Educação da PUC-SP, a decisão do governo mineiro de alterar a grade curricular do ensino médio é um retrocesso e precipita as decisões dos estudantes. (AFONSO BENITES)

 

FOLHA - Qual a sua opinião sobre as mudanças em MG?
NEIDE NOFFS
- É lamentável dizer. Eu já vi esse filme. Quando eu era estudante, era assim. Você fazia clássico, mais voltado para humanas, ou científico, para exatas. Isso não deu certo.

FOLHA - Por que?
NOFFS
- Porque as profissões têm caráter generalista. Você não pode ser uma coisa ou outra. Tem de ter um pouco de cada habilidade.

FOLHA - E como isso influencia a carreira do estudante?
NOFFS
- Essa mudança não é uma boa alternativa porque um dos problemas do ensino superior é o estudante entrar na universidade sem uma visão clara da profissão que escolheu. Se no primeiro ano do ensino superior a gente já identifica vários estudantes que apresentam problemas no aprendizado, imagina isso no segundo ano do ensino médio.

FOLHA - E o fato de o aluno só ter o direito de optar pela área se tiver 70% de aprovação?
NOFFS
- É mais do que uma imposição. Isso tira do estudante sua autonomia e o seu compromisso. Acho que a escola deveria ser parceira do estudante.


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